Enfermeira que contraiu ebola nos EUA tem 26 anos e é dedicada à profissão
A identidade da enfermeira infectada pelo ebola no Texas, nos Estados Unidos, foi revelada. Nina Pham, 26, contraiu o vírus ao tratar do liberiano Thomas Eric Duncan, que morreu dias depois de permanecer em isolamento no Hospital Presbiteriano de Dallas. Seu diagnóstico foi confirmado na sexta-feira (10) e desde então ela permanece internada em uma área de isolamento do hospital.
Segundo Thomas Frieden, diretor do CDC (Centro Americano de Controle e Prevenção de Doenças), o estado de saúde de Pham é “clinicamente estável”.
Amigos e familiares a descrevem como uma pessoa com um "grande coração, dedicada à sua carreira de enfermagem".
O CDC abriu investigação para saber como a enfermeira foi infectada, já que usava os equipamentos de proteção individual para evitar o contato com secreções do paciente. O ebola é contraído a partir do contato com fluídos corporais como sangue, suor, lágrima, fezes, urina e sêmen do doente.
Pham, que se formou a partir de programa de enfermagem da Universidade Cristã do Texas, em 2010, é a primeira pessoa a contrair a doença nos Estados Unidos.
Depois de dizer que “houve quebra de protocolo” por parte da enfermeira, Thomas Frieden foi alvo de críticas e pediu desculpas.
"Peço desculpas se alguém pensou que eu estava criticando o hospital. Eu me sinto terrível por um profissional de saúde ter se infectado ao ajudar um paciente com ebola", disse o diretor do CDC.
Na mesma entrevista, Frieden admitiu que outras pessoas que trataram de Duncan podem estar infectadas. Um grupo está sendo monitorado por profissionais do CDC.
Duncan teve contato com o ebola em Monróvia, capital da Libéria, dias antes de partir para os Estados Unidos. Juntamente com Serra Leoa e Guiné, o país africano está entre os mais afetados pela doença.
Já em Dallas, o liberiano passou mal e foi ao hospital da cidade. Depois de tomar antibióticos, recebeu alta, mas dias depois retornou já com sintomas do ebola e permaneceu em isolamento.
Mais de 4.000 pessoas morreram no surto de ebola, a grande maioria delas na Libéria, Guiné e Serra Leoa.
(Com jornais internacionais)
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