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França anuncia 1ª morte de cidadão do país provocada pelo novo coronavírus

Do UOL, em São Paulo

26/02/2020 07h19

Um francês morreu devido ao novo coronavírus na madrugada de hoje em Paris, o primeiro cidadão do país vitimado pela epidemia, anunciou o ministério da Saúde. Trata-se de um homem de 60 anos.

Segundo anunciou o diretor de Saúde do Ministério, Jérôme Salomon, em coletiva com a imprensa, a vítima chegou durante a noite no hospital Pitié Salpêtrière, em Paris, em estado gravíssimo. "Ele foi submetido com urgência aos exames ontem (terça-feira) e faleceu durante a noite", afirmou. Ainda segundo o político, as autoridades estão investigando o lugar onde o paciente pode ter sido infectado e as pessoas próximas a ele.

Até agora, 17 pessoas foram contaminadas pelo Covid19 na França. Cinco diagnósticos positivos foram revelados nesta semana. Quatro pessoas estão hospitalizadas e 11 se recuperaram da doença. Outra vítima fatal em território francês foi um turista chinês de 80 anos que faleceu dia 14 de fevereiro.

Entre os novos casos está o de um francês de 55 anos que está hospitalizado em Amiens, no norte da França, "em cuidados intensivos", segundo Salomon.

Outro caso revelado na manhã de hoje é o de um homem de 36 anos, internado em um hospital em Estrasburgo, no nordeste do país, mas que "não apresenta sinais de gravidade". De acordo com o diretor de Saúde, o paciente visitou a Lombardia, uma das regiões italianas foco da doença na Europa.

Na terça-feira, forma anunciados os casos de uma chinesa, que voltou da China no começo de fevereiro, hospitalizada em Paris e um homem de 60 anos, que costuma viajar para a região da Lombardia. Os dois pacientes não apresentam sinais de gravidade.

Crianças de uma escola pública de Courbevoie, próximo a Paris, que voltaram de uma viagem na Lombardia, apresentaram sintomas da doença e foram testados, mas os resultados são negativos.

Euorpa em alerta

A Itália confirmou sua 11ª morte pelo coronavírus. No país que é o mais afetado pela doença na Europa, mais de 300 pessoas foram contaminadas. Além da Lombardia e do Vêneto, outras regiões confirmaram casos da doença: Toscana, no Norte, e a ilha da Sicília, no Sul.

A doença se espalha pela Europa, com casos confirmados na Suíça, Áustria, Croácia e na Alemanha.

Por enquanto, a possibilidade de fechamento das fronteiras, apesar de defendida por alguns políticos de direita, não é cogitada na Europa. Para as autoridades, a medida seria ineficaz.

Já na China, as vítimas diminuem. As autoridades indicaram para 52 mortos hoje, contra 71 na véspera. São os números mais baixos das últimas três semanas.

Detectada em dezembro na região central da China, a epidemia se encontra em um momento de estabilidade no país asiático, onde 78.000 pessoas foram infectadas e 2.715 morreram, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A epidemia preocupa a OMS, que faz um apelo para que os países se preparem para uma pandemia e adverte que o mundo "não está pronto" para enfrentar a doença.

Com informações da AFP