Dois mil leitos, sem visita: como serão os hospitais no Pacaembu e Anhembi
Resumo da notícia
- Hospitais de campanha são unidades de saúde acopladas a espaços já existentes. Para lá serão enviados pacientes diagnosticados com coronavírus
- A prefeitura de São Paulo promete entregar 1.800 leitos no Anhembi e mais 202 no estádio do Pacaembu
- A ideia é que mil leitos comecem a funcionar até a primeira semana de abril
- O prefeito Bruno Covas explicou que os leitos serão destinados a pacientes cujos casos são de baixa e média complexidade
A prefeitura de São Paulo corre para cumprir o prazo estipulado para a entrega do primeiro lote de leitos do hospital de campanha que será instalado no Complexo do Anhembi, na zona norte da cidade. A ideia é que mil leitos, dedicados a pacientes infectados com o novo coronavírus, comecem a funcionar até a primeira semana de abril.
No total, serão 1.800 leitos no galpão do centro de eventos — a previsão é que metade seja entregue até hoje — e mais 202 no estádio do Pacaembu, na zona oeste, para atender pacientes com covid-19.
Os hospitais de campanha são unidades de saúde acopladas a espaços já existentes.
Quando uma unidade básica de saúde (UBS), uma unidade de pronto atendimento (UPA) ou algum pronto-socorro da cidade receber e diagnosticar alguém com coronavírus, o paciente vai ser enviado para os hospitais de campanha. Neles, ficarão sem acompanhante e sem receber visita, por cerca de 14 dias — até que o quadro se estabilize.
O prefeito Bruno Covas, ao lado do secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, explicou que os leitos serão destinados a pacientes cujos casos são de baixa e média complexidade.
"É um hospital de retaguarda. As pessoas virão para cá para passar o período de 10 a 14 dias e, após se estabilizarem, serão encaminhadas para suas casas", afirmou, em entrevista coletiva na quarta-feira.
As unidades vão contar, também, com um conjunto de leitos de UTI, para o caso de o quadro de saúde desses pacientes se agravar. "Nesses leitos, as pessoas receberão os primeiros cuidados até que sejam transferidos para a UTI de algum dos 18 hospitais da prefeitura", continuou.
R$ 35 milhões nos hospitais de campanha
Serão investidos R$ 35 milhões nas obras. Os leitos terão ar-condicionado, vedação térmica e respiradores mecânicos. A um dia da primeira entrega, a Secretaria de Saúde disse ao UOL que não tem detalhes a respeito de como funcionarão essas estruturas. A previsão, por ora, é de que os hospitais funcionem até julho.
Neles, trabalharão mais de 2 mil profissionais da saúde. Até hoje, inclusive, profissionais poderão se candidatar a 260 vagas, abertas pela prefeitura de São Paulo, para o hospital do Anhembi.
Vagas de trabalho
As vagas são para os cargos de farmacêutico, fisioterapeuta, nutricionista, técnico de farmácia, técnico em gasoterapia, assistente social, auxiliar de rouparia, escriturário, oficial de manutenção e recepcionista.
Serão exigidas ao menos seis meses de atuação na área hospitalar e comprovação de escolaridade completa nas áreas técnica e superior, de acordo com o cargo. Para recepcionista, escriturário e auxiliar de rouparia, o requisito obrigatório é o ensino médio completo.
Os funcionários que começarem a trabalhar no Anhembi serão hospedados no hotel Holiday Inn que, em parceria com a prefeitura, disponibilizará 300 quartos para abrigá-los. O prefeito explica que o intuito da hospedagem é que os profissionais se desloquem o mínimo possível pela cidade.
A gestão do hospital do Pacaembu — que receberá, em seus 6.300 m², tendas com estruturas metálicas — será feita pelo hospital Albert Einstein, que abriu 509 vagas de emprego para profissionais da saúde só para trabalhar na unidade.
Leitos, insumos e testes rápidos
Covas e Aparecido disseram que, se necessário for, mais leitos serão construídos.
"Os leitos que serão construídos são suficientes para o cenário atual do crescimento de coronavírus na cidade. Não são estruturas pequenas. Para um hospital como esse, foram mobilizadas 13 categorias de profissionais da saúde. Famílias não poderão visitar, mas teremos áreas preparadas para recebê-las e comunicar a respeito do quadro de saúde dos pacientes", afirmou o secretário.
Os 190 primeiros leitos, informa Aparecido, estão cobertos com insumos. Para evitar qualquer desabastecimento, a prefeitura conseguiu que eles fossem encaminhados por meio de diversos fornecedores — desde governo do estado até o governo federal.
A prefeitura comprou 100 mil testes rápidos que serão entregues na próxima semana a profissionais de saúde que apresentarem os sintomas da covid-19, além de pacientes de UPAs ou pronto socorros.
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