SP atribui aumento de 54% nos casos de covid-19 a testes na rede privada
Resumo da notícia
- São Paulo registrou 822 novos casos de covid-19 na terça-feira, um aumento de 54% em relação a segunda
- A Secretaria estadual de Saúde atribuiu essa alta à análise de muitas amostras de laboratórios privados
- Esses laboratórios atendem pessoas com acesso à rede privada de saúde, justamente o estrato social mais atingido pelo coronavírus
- Pelo menos até o momento, o crescimento substancial não indica uma tendência de explosão de casos
De segunda para terça-feira, o estado de São Paulo deu um salto de 54% nos casos oficiais de covid-19, adicionando 822 vítimas às estatísticas. O motivo dessa alta — a maior num período de 24 horas — foi o processamento de amostras coletadas na rede de laboratórios privados.
A Secretaria estadual de Saúde informou que metade dos testes realizados ocorreu em pacientes que buscaram atendimentos particulares, justamente o estrato social mais atingido pelo coronavírus.
Hoje, o governo de São Paulo atualizou os números: são 2.981 casos confirmados de covid-19 (um aumento de 27,4% em relação a ontem) e 164 óbitos.
A tendência é que a quantidade de casos aumente, porque o estado está realizando mil exames por dia, e antes fazia somente 450 — hoje, a fila represada é de 16 mil exames. A Secretaria estadual de Saúde afirmou que mais pessoas procuraram os laboratórios, com a chegada da pandemia, e a maioria dos testes dá negativo.
As amostras testadas ontem são da semana passada. Se não há previsão oficial para uma explosão de casos, a expectativa é outra quando analisados os 201 testes de mortos em SP que aguardam análise para confirmar o coronavírus. São pessoas que morreram com sintomas da doença, e o resultado do teste não saiu enquanto estavam vidas. A previsão da Secretaria estadual de Saúde é que o índice da covid-19 seja maior nesse grupo.
Mesmo assim, qualquer prognóstico de explosão de infectados é vista como "exercício de futurologia" ou "chute", de acordo com o estado.
Retorno das pessoas às ruas preocupa
As autoridades de saúde não negam que a pandemia esteja em sua curva ascendente. Quando chegará o pico deste movimento é algo impossível de prever, afirma. E o retorno de muitas pessoas às ruas preocupa.
A coordenadora do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, Helena Sato, disse em coletiva que as pessoas que estão fora de casa serão aquelas a buscar ajuda hospitalar em duas ou três semanas. Por este motivo, ela reforçou o pedido para que fiquem em casa.
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