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Saúde cita 'esforço' e diz que estoque de equipamentos deve durar 20 dias

Aviso em farmácia sobre a falta de máscaras, álcool em gel, em Jacarepaguá, bairro localizado na zona oeste do Rio de Janeiro - NAYRA HALM/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Aviso em farmácia sobre a falta de máscaras, álcool em gel, em Jacarepaguá, bairro localizado na zona oeste do Rio de Janeiro Imagem: NAYRA HALM/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

02/04/2020 15h40

O Ministério da Saúde divulgou, na tarde de hoje, ter repassado 40 milhões de itens a estados e municípios e afirmou que o volume é suficiente para que os estoques locais durem por cerca de 20 dias. Em nota, a pasta diz que, diante da necessidade urgente dos materiais, é "natural" que os produtos sejam descentralizados para os estoques regionais durante a pandemia de coronavírus.

Mais cedo, a Agência Estado publicou que a pasta está sem estoques de equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas, para distribuir a profissionais da área da saúde.

Ontem, durante entrevista coletiva, o ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) relatou que contratos do governo com empresas da China para adquirir os equipamentos foram desfeitos após os Estados Unidos adquirirem os mesmos itens.

Na nota divulgada esta tarde, o Ministério da Saúde afirma que a demanda mundial em função da pandemia traz "escassez e dificuldades" na produção e entrega dos insumos a nível internacional, mesmo após a realização de contratos.

"A pasta mantem esforço constante na aquisição de mais equipamentos e insumos, buscando fornecedores nacionais e internacionais. Nesta semana, fechou uma compra de 200 milhões de itens, o que deve sustentar o sistema por cerca de 60 dias", diz o texto.

Também ontem, Mandetta chegou a declarar que o Brasil deve buscar soluções alternativas, insinuando a produção interna de alguns dos produtos.

Confira a íntegra da nota divulgada pelo Ministério da Saúde:

"Até o momento, o Ministério da Saúde adquiriu repassou 40 milhões de itens a estados e municípios. O volume é suficiente para os estoques locais de cerca de 20 dias, além daquilo que os gestores locais já possuíam. Os materiais são necessários nos serviços de saúde, portanto, é natural que, assim que receba os produtos, eles sejam descentralizados para os estoques regionais.

A pasta mantem esforço constante na aquisição de mais equipamentos e insumos, buscando fornecedores nacionais e internacionais. Nesta semana, fechou uma compra de 200 milhões de itens, o que deve sustentar o sistema por cerca de 60 dias.

Neste cenário de emergência em saúde pública, o Ministério da Saúde tem apoiado os estados e municípios na aquisição e distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) no enfrentamento do coronavírus. Contudo, há uma demanda mundial por conta da pandemia, o que tem trazido escassez e dificuldades na produção e entrega desses insumos no cenário internacional, mesmo após a celebração de contratos.

O Ministério da Saúde, portanto, tem lançado alternativas para permitir o maior número de participantes e ofertas de quantidades possíveis dos fornecedores, como o fracionamento de aquisições. Cabe lembrar que, como já informado à imprensa, os valores estão acima daqueles normalmente praticados. O Ministério da Saúde tem analisado todas as possibilidades de compra e os processos acontecem com ampla divulgação. Vence quem apresentar o menor preço, conforme a legislação, de forma transparente e proba."