OMS reforça que uso de máscaras deve ser feito por profissionais de saúde
Depois de alguns países, inclusive o Brasil, recomendarem o uso de máscaras não somente para as pessoas com a covid-19 e profissionais da saúde, a OMS (Organização Mundial da Saúde) ressaltou que os equipamentos devem ser priorizados para quem está diretamente ligado ao combate do novo coronavírus.
"Estamos preocupados que o uso em massa de máscaras médicas pela população em geral possa exacerbar a falta dessas máscaras especializadas para as pessoas que mais precisam delas. Em alguns lugares, essa escassez está colocando os profissionais de saúde em perigo real", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em coletiva de imprensa na tarde de hoje.
Reforçando a recomendação do uso de máscaras e outros equipamentos de proteção individual apenas para os profissionais de saúde, a entidade recomendou, nas comunidades, o uso de máscaras apenas por pessoas infectadas pelo novo coronavírus e pessoas que cuidam de pacientes com a covid-19.
"Os países poderiam considerar o uso de máscaras em comunidades onde outras medidas, como limpeza das mãos e distanciamento físico, são mais difíceis de serem alcançadas devido à falta de água ou condições de vida limitadas", considerou Ghebreyesus.
Tedros Adhanom Ghebreyesus ainda relembrou que as máscaras, sozinhas, não podem parar a pandemia e que os países devem continuar a encontrar, testar, isolar e tratar todos os casos de covid-19. Além disso, o diretor-geral também afirmou que as máscaras são apenas parte de um pacote abrangente de intervenções.
Medicamentos e vacinas
Mais de 70 países aderiram ao Estudo de Solidariedade da OMS para acelerar a busca por um tratamento eficaz da doença. Atualmente, cerca de 20 instituições e empresas estão tentando desenvolver uma vacina.
"A OMS está comprometida em garantir que, à medida que os medicamentos e as vacinas sejam desenvolvidos, eles sejam compartilhados de forma equitativa com todos os países e pessoas", afirmou Ghebreyesus.
Mais uma vez, o presidente da entidade se preocupou com as consequências da pandemia do novo coronavírus em países em desenvolvimento.
Nesse contexto, o presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado, e o Ministro da Saúde, Daniel Salas, propuseram à OMS um conjunto de direitos a testes, medicamentos e vacinas, com acesso ou licenciamento gratuitos em termos acessíveis para todos. Em resposta, Ghebreyesus disse que a entidade tem trabalhado com país para finalizar os detalhes do projeto.
"Os países mais pobres e as economias frágeis enfrentam o maior choque dessa pandemia, e deixar alguém desprotegido apenas prolongará a crise da saúde e prejudicará mais as economias", finalizou.
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