Mandetta anuncia mais R$ 4 bi para estados e municípios contra coronavírus
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou hoje que o governo depositou mais R$ 4 bilhões aos estados e municípios no combate ao novo coronavírus. Ele não participou da entrevista coletiva do Ministério durante a tarde, e os boatos sobre sua demissão ganharam força com uma conversa entre o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e o deputado federal Osmar Terra (MDB), relatada pela "CNN Brasil".
"Depositamos R$ 4 bilhões a mais hoje para Estados e municípios contra o coronavírus. Feliz Páscoa!", escreveu o Ministério da Saúde no Twitter; cerca de duas horas antes, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez live no Facebook e mandou um recado ao ministro: "Médico não abandona paciente, mas paciente pode abandonar médico".
O tuíte publicado pelo Ministério tem um vídeo de Mandetta, que anunciou a medida e disse que gostaria de ter estado presente na entrevista coletiva de hoje para explicá-la melhor. De acordo com ele, o recurso foi depositado às 17h (de Brasília) na conta de cada fundo estadual e municipal de Saúde.
"Bem, meus amigos de todo o Brasil. Hoje eu não pude fazer a coletiva por outras razões, mas eu queria muito estar lá para poder transmitir aos estados e para as cidades de grandes aglomerados e as cidades pequenas: hoje nós fizemos junto com o Conass e o Conasems, uma pactuação para repassar aos estados e para as regiões que têm produção de média e alta complexidade o valor do teto dobrado", contou.
"Por exemplo, a Bahia. O teto dela, que ela já recebeu no mês de abril, é de R$ 114.048.981,40. Nós fizemos mais um teto no mesmo valor, somente para coronavírus. E Salvador, a capital, pelo seu teto de MAC, mais R$ 48.050.127,75. E, assim, sucessivamente. Como eu não pude falar na nossa coletiva, as cidades pequenas terão o seu valor de PAB, de piso de atenção básica, também alocado", acrescentou Mandetta.
"Isso vai dar, aproximadamente, R$ 4 bilhões para custeio diretamente na mão daqueles que têm média e alta complexidade, normalmente governos estaduais e, quando nos municípios, governos municipais. A gente acha que com isso, eles podem adquirir os equipamentos de proteção individual [EPI], que a gente começa a trazer da China. O mercado chinês está começando a se organizar, estamos conseguindo trazer", explicou.
O ministro prevê que, na terça-feira que vem, o Brasil leve à China aviões para buscar a primeira etapa de uma compra de 240 milhões de máscaras. "Trazer 40 [milhões] toda semana. Com isso, a gente pacifica o mercado brasileiro. Pacificando, a gente já repassa os recursos para que os estados comprem, os municípios comprem, a iniciativa privada já está comprando. O mercado [de EPIs] está começado a se normalizar", afirmou.
No entanto, Mandetta disse que o Brasil ainda encontra "dificuldades" no mercado de respiradores.
"A gente fez o acordo com a indústria nacional, que só conseguiria produzir em torno de 800 respiradores até agosto. Nós fizemos a pactuação e vamos levá-la... Já levamos a 8 mil na primeira etapa, e vamos levá-la a 15 mil em 90 dias. Então, é administrar tempo. Se a gente conseguir adquirir, nós vamos entregando. Mas se nós tivermos o tempo da epidemia sendo construído por cada um de nós, tenho certeza de que a gente consegue atravessar esse momento difícil juntos", concluiu.
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