Mapa da covid-19 por bairros em SP: Brasilândia tem 33 mortes em uma semana
A covid-19 chegou às regiões mais vulneráveis da cidade de São Paulo e o resultado foram muitas mortes, o que explica o número de mortes subir 81,7% em uma semana. Somente na Brasilândia, bairro da zona norte, foram registrados 33 óbitos no intervalo de sete dias. Este é o principal exemplo que comprova que a pandemia se alastrou para a periferia. As zonas norte e leste são as áreas mais atingidas.
Os dados citados se referem a um mapa de mortes confirmadas e suspeitas de covid-19 por bairro divulgado pela prefeitura de São Paulo. O estudo mediu os casos entre 9 e 15 de abril. O mapa tem legenda que vai do alaranjado forte ao vermelho para localidades com 25 mortes ou mais. Estas cores só aparecem em bairros das zonas norte e leste. Para se ter uma ideia da gravidade da situação na zona norte, ela foi dividida pela prefeitura em 18 bairros —em 11 deles o número de óbitos foi de 17 pessoas ou mais.
O reflexo do alastramento da covid-19 na zona norte aparece na rede pública de saúde. O hospital Geral da Vila Nova Cachoeirinha tem 86% dos leitos de UTI ocupados.
Na zona leste a situação também é complicada e o local com mais mortes é a Vila Prudente/Sapopemba, com 28 casos. Itaquera aparece logo na sequência com 27 vítimas fatais da covid-19. Esta também é a região da cidade onde morreram os dois primeiros profissionais de saúde em São Paulo. Um era enfermeiro e trabalhava no Hospital Municipal do Tatuapé, o outro era auxiliar de enfermagem no hospital Tide Setúbal.
Na zona sul, a Capela do Socorro é a localidade com mais óbitos, 22. O bairro fica próximo ao Hospital Geral de Pedreira, que tem 87% de seus leitos de UTI ocupados.
O avanço do coronavírus nas periferias teve reflexo nas estatísticas gerais de mortes na cidade. Em uma semana os registros de óbitos subiram 81,7% - passaram de 428 na quarta-feira da semana passada para 778 na terça desta semana. A situação é o começo de um cenário que deve ser agravar conforme a Secretaria estadual de Saúde, que informou estimar que os leitos de UTI dos hospitais públicos ficarão lotados a partir da metade de maio.
Os hospitais de campanha devem suportar o aumento da demanda por mais tempo e a expectativa é que as vagas sejam completamente ocupadas em julho. Para evitar o colapso do sistema, a Secretaria de Saúde tenta abrir mais dois mil leitos de UTI. A falta de profissionais de saúde e respiradores são os principais gargalos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.