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Governador do DF diz que comércio reabrirá no início de maio

9.out.2018 - Ibaneis Rocha, governador do DF - Reprodução/CB.Poder
9.out.2018 - Ibaneis Rocha, governador do DF Imagem: Reprodução/CB.Poder

Do UOL, em São Paulo

22/04/2020 13h52

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB-DF), disse hoje que pretende abrir grande parte do comércio no início de maio. Ontem, o DF começou uma testagem em massa para detectar casos de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

"Desde lá atrás já existia uma perspectiva que na segunda quinzena de abril, com a testagem em massa, até de 3 de maio, teríamos condições de abrir quase que integralmente o comércio no Distrito Federal. Pretendemos abrir grande parte do comércio no dia 4 de maio", disse Ibaneis em entrevista à CNN.

Para justificar a decisão, o governador disse que a curva de contágio da doença está bastante estabilizada e que 50% dos leitos estão vazios. "Temos hospitais só para atender pessoas com covid-19. Estamos preparados", afirmou.

Segundo ele, a expectativa é testar 400 mil pessoas até o fim de maio para que a reabertura seja feita com segurança total. O governador disse que baixará um decreto para tornar obrigatório o uso de máscara.

Ibaneis avaliou ainda que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "perdeu tempo" com Luiz Henrique Mandetta, demitido do ministério da Saúde na semana passada.

Ele disse que ainda não teve contato direto com o novo ministro, Nelson Teich, mas afirmou que vê nele "vontade de interlocução com os governadores".

Até ontem, o Ministério da Saúde registrou 881 casos oficiais do novo coronavírus no Distrito Federal, sendo 24 mortes em decorrência da doença.

Governador trata coronavírus como "gripe"

Em entrevista ao jornal El País, Ibaneis comparou o coronavírus a uma gripe. "Essa é uma gripe que muita gente vai pegar. O que temos é diminuir o ritmo da infecção. Vamos chegar num ponto que teremos 70% das pessoas infectadas. Como não tem vacina, só vamos ter a imunidade quando tivermos mais de 60% da população que tiveram contato com o vírus".

A comparação também foi feita por Bolsonaro, que citou que o coronavírus era uma "gripezinha" e gerou críticos de governadores, senadores e deputados, além de associações médicas de todo o Brasil.