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Secretário de SP vê capital longe de relaxar isolamento: 'de forma nenhuma'

Secretário municipal de Saúde (à esquerda) Edson Aparecido dos Santos ao lado do prefeito Bruno Covas - ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Secretário municipal de Saúde (à esquerda) Edson Aparecido dos Santos ao lado do prefeito Bruno Covas Imagem: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

23/04/2020 14h57

Enquanto o estado de São Paulo se planeja para flexibilizar as medidas de isolamento social a partir do dia 11 de maio, a capital da federação deve demorar mais para ver a volta gradual à normalidade. Cidade mais afetada pelo coronavírus no Brasil, São Paulo ainda vive uma situação crítica no combate à pandemia.

"Não podemos pensar de forma nenhuma em relaxamento", afirmou hoje Edson Aparecido dos Santos, secretário de Saúde do município, em entrevista à Globonews. "No caso da região metropolitana é muito cedo para pensarmos no fim do isolamento, mesmo após 10 de maio", acrescentou.

O secretário, porém, evitou críticas ao governador João Dória (PSDB) por ele antecipar a discussão sobre a reabertura do comércio e a retomada da economia do estado. Desde ontem, o governo estadual vem falando em suas entrevistas coletivas diárias sobre os planos para a flexibilização.

"Essas são medidas conjuntas que estão sendo tomadas. Inclusive o (prefeito) Bruno Covas mostrou hoje um vídeo e um gráfico que mostra a primeira morte em 17 de março e agora como está. A cidade inteira foi tomada. 96 distritos têm óbitos", disse Edson.

O vídeo mencionado pelo secretário é uma nova campanha lançada pela Prefeitura hoje. A peça incentiva a população da capital a ficar em casa para conter o avanço da covid-19. Como exemplo de local que não respeitou a quarentena, mostra imagens fortes de Guayaquil, no Equador, onde corpos chegaram a ficar espalhados pelas ruas da cidade.

A taxa de isolamento social na capital caiu para 48% ontem e Dória disse hoje que isso faz acender um "sinal amarelo". O índice mínimo defendido pelo estado de São Paulo para conter a propagação rápida do vírus é de 50%, mas o ideal seria entre 60% e 70%.