SP faz parceria com rede privada e abre 100 leitos no Hospital das Clínicas
O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira uma parceria com redes privadas de hospitais para abrir 100 vagas de UTIs no Hospital das Clínicas. Os leitos contarão com ventiladores e os pacientes serão atendidos por uma grupo de profissionais que inclui funcionários dos hospitais Albert Einstein, Beneficência Portuguesa, Rede D'Or e Sírio Libanês.
Os primeiros 40 leitos entram em operação na primeira quinzena de maio. Os outros 60 começam a funcionar na última metade do mês. Firmar a parceria é um projeto que a Secretaria estadual de Saúde tentava havia semanas. A avaliação de números mostrou que depois do boom inicial, a rede privada passou a contar com disponibilidade de leitos e profissionais. A abertura de leitos ocorre no momento em que a rede pública começa a ficar pressionada.
Já existe uma unidade exclusiva no Hospital das Clínica dedicada ao tratamento de pacientes infectados com coronavírus que conta com 900 vagas, sendo 200 de UTI. Para ampliar em mais 100 leitos de UTI o governo de São Paulo contou com R$ 24 milhões em doações dos hospitais e o Banco BTG. Originalmente o Hospital das Clinicas contava com 100 vagas.
A diretora Clínica do hospital, Eloisa Bonfá, pediu para as pessoas ficarem em casa porque nenhuma ampliação será capaz de dar conta da demanda se as pessoas não respeitarem a quarentena.
"O Hospital das Clínicas isolou seu maior instituto no dia 30 de março e hoje chegando muito próximo de mil pacientes internados neste período. Um alerta. Isto só foi possível porque tivemos tempo e locais. Se estes mil pacientes chegassem a nossa porta e um dia, nós não teríamos condições de atender".
A prefeitura de São Paulo informou que a cidade tem três hospitais com 100% de ocupação dos leitos de UTI destinados a covid-19: Parelheiros, Cidade Tiradentes e Itaquera. As zonas Leste e Norte são as mais preocupantes.
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