Doria diz que PF não é pessoal ou familiar: 'Interferir é crime'
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje, durante entrevista coletiva, que a Polícia Federal do Brasil não é algo 'pessoal' ou 'familiar' e afirmou que qualquer interferência na instituição é crime. Foi um recado para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que perdeu seu ministro da Justiça na última sexta-feira porque estaria trocando o chefe da corporação para blindar seus filhos, que estariam sob investigação.
"A Polícia Federal deve ser respeitada e é nacional. A Polícia Federal do Brasil não é pessoal, nem familiar. Transmito aqui minha solidariedade a todos os integrantes da PF que ajudaram a ganhar respeitabilidade da opinião pública ao longo da Lava Jato com a colaboração do ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro", disse.
Doria voltou a criticar Jair Bolsonaro (sem partido) ao dizer que o dever do líder do Executivo é conversar com o povo e não com a Polícia Federal. O presidente está sob suspeita porque o ex-ministro Sergio Moro deu declarações duras em seu pronunciamento ao deixar o Ministério da Justiça. A que mais repercutiu foi a exoneração do chefe da Polícia Federal para proteger os filhos.
"O presidente deve interagir com o povo e não com o chefe da Polícia Federal. Interferir é crime", completou.
O ex-juiz federal fez as acusações em pronunciamento às 11 horas da manhã e a tarde o Ministério Público Federal pediu a abertura de investigação. Diversas autoridades criticaram o presidente e impeachment e renúncia foram palavras repetidas em notas de condenação a atuação de Bolsonaro.
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