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Ceará passa RJ e se torna 2º estado do Brasil com mais casos de covid-19

Praia do Mucuripe, em Fortaleza-CE, vazia durante a quarentena adotada no combate à covid-19 - Pedro Chaves/AGIF
Praia do Mucuripe, em Fortaleza-CE, vazia durante a quarentena adotada no combate à covid-19 Imagem: Pedro Chaves/AGIF

Arthur Sandes

Do UOL, em São Paulo

13/05/2020 20h17

Segundo a atualização de hoje (13) do Ministério da Saúde, o estado do Ceará chegou a 19.156 casos oficiais de covid-19, passou o Rio de Janeiro e se tornou o segundo estado do Brasil com mais pacientes diagnosticados com a doença. No país inteiro são 188.974 pessoas contaminadas e 13.149 mortes.

De ontem para hoje, o Ceará contabilizou 744 novos casos, além de 109 novas mortes por covid-19 (são 1.389 no total), enquanto o Rio de Janeiro registrou 242 novos casos e agora totaliza 18.728. São Paulo continua sendo o epicentro da pandemia no Brasil, somando 51.097 casos oficiais.

O Ceará, por sua vez, tem o maior foco de infecções por coronavírus do Nordeste, região em que a doença se espalha mais rapidamente na proporção com o país inteiro. Segundo especialistas, por trás da escalada de casos no estado estariam o aeroporto de Fortaleza.

Apesar do destaque de hoje no Ceará, a covid-19 tem aceleração ainda maior em outros estados. Nas últimas 24 horas, quem mais contabilizou novos casos da doença foram São Paulo (3.378), Amazonas (1.648) e Pará (1.002) — os dois estados da região Norte têm menos casos totais do que o Ceará, mas curvas de contaminação mais íngremes.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Ceará tem a segunda maior taxa de incidência de covid-19 do Brasil: são 209,8 diagnósticos a cada 100 mil habitantes do estado. A proporção só é maior no Amazonas (381,6/100 mil habitantes) e no Amapá (355,3), estados que juntos somam 5 milhões de pessoas, pouco mais da metade dos 9,2 milhões de cearenses — a estimativa é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Ceará já preocupava Mandetta em abril

Junto a São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, o Ceará compõe um quarteto de estados que já vêm preocupando o Ministério da Saúde há mais de um mês, desde que a pasta ainda era comandada por Luiz Henrique Mandetta.

A questão social, a posição geográfica e o porte dos estados foram apontados como justificativa na ocasião. Na prática, são estados com maior circulação de pessoas e em que há "maior probabilidade de termos grandes movimentos", nas palavras de Mandetta.