Pará ainda reflete "pré-lockdown" e vê casos e mortes dobrarem em 7 dias
O Pará foi o estado brasileiro onde a curva de casos e mortes por covid-19 foi a mais íngreme ao longo dos últimos sete dias. Desde a sexta-feira passada (8), os paraenses viram os diagnósticos da doença aumentarem em 97% e os óbitos mais do que dobrarem. O Brasil registra, no total, 218.223 casos oficiais e 14.817 mortes.
Segundo dados atualizados hoje (15) pelo Ministério da Saúde, o estado contabiliza 12.109 casos oficiais de covid-19, quase o dobro dos 6.141 de uma semana atrás. Já as mortes chegaram a 1.145, um aumento de 122% em apenas sete dias (eram 515).
Na comparação com uma semana atrás, também têm destaque Rio de Janeiro, cujas mortes por covid-19 aumentaram 62%; e Paraíba e Maranhão, onde os casos cresceram respectivamente 84% e 81%. No entanto, o estado mais atingido pela pandemia ainda é São Paulo, que tem mais de 58 mil casos e 4,5 mil mortes.
Belém e outras 14 cidades do Pará estão sob decreto de lockdown há dez dias, mas a escalada da covid-19 ainda reflete o período anterior às restrições de circulação. Ainda se sabe pouco sobre o período de incubação do coronavírus, mas estima-se que o período entre a contaminação e os primeiros sintomas possa chegar a 14 dias. Desta forma, o lockdown paraense só deve começar a fazer diferença nas estatísticas na semana que vem.
Originalmente o lockdown terminaria neste domingo (17), mas hoje o governador Hélder Barbalho (MDB) anunciou a prorrogação das medidas até 24 de maio.
"Precisamos fazer mais", pediu o governador em entrevista coletiva. "Aqui deixo minha gratidão pela compreensão e pela adesão, mas ao mesmo tempo um pedido: ainda não é o suficiente. É muito sofrido, mas é necessário e com este esforço vamos diminuir o número de mortes. Isso representa salvar a vida da nossa população, de alguém da sua família ou de um amigo seu", apelou.
Atualmente, segundo dados do governo estadual, 49,11% da população paraense tem ficado em casa. Trata-se do quarto melhor índice registrado pelo ranking brasileiro de isolamento social, atrás de Acre (50,59%), Ceará (50,15%) e Amapá (50,06%). No entanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) estipula um mínimo de 70% de adesão para que as medidas tenham resultados substanciais.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.