Reino Unido testará hidroxicloroquina como tratamento para o coronavírus
A hidroxicloroquina, medicamento utilizado para o tratamento da malária, será comprado pelo governo do Reino Unido para ser testado como tratamento do novo coronavírus. O contrato está estimado em 35 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 245 milhões) e será colocado em leilão na sexta-feira (22).
Os ministros do Reino Unido estão em busca de 16 milhões de comprimidos do medicamento em pacotes de até 100 unidades para utilização nos testes para o tratamento da covid-19.
De acordo com o Guardian, o contrato ficou disponível no site do governo no dia 15 de maio e é uma "oportunidade aberta" para as indústrias farmacêuticas fornecerem mais de 33 milhões de comprimidos de vários medicamentos para testes, incluindo a hidroxicloroquina, entre junho deste ano e janeiro de 2021.
Segundo o contrato, o governo está pedindo que o medicamento seja fornecido na forma de 220mg ou 250mg. Apesar dos testes, o Reino Unido não recomenda o uso do remédio, assim como as autoridades de saúde no mundo, já que não há uma comprovação científica de sua eficácia.
De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, até o momento, o Reino Unido possui 246.406 casos oficiais de coronavírus e 34.796 mortes em decorrência da doença.
Hidroxicloroquina
Não há evidências científicas que a hidroxicloriquina possa prevenir ou combater o coronavírus e a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) disse hoje, durante entrevista coletiva de imprensa, que não recomenda a utilização do remédio no tratamento da covid-19.
No Brasil, o medicamento é considerado como uma arma no combate à pandemia pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ontem, a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) afirmou que é muito cedo para recomendar a utilização da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com coronavírus. A entidade argumentou que o medicamento pode causar efeitos colaterais graves e ainda não provou ser benéfico aos doentes.
O presidente dos EUA, Donald Trump, também já disse ser a favor da medicação e, ontem, chegou a dizer que estava tomando o remédio porque tem ouvido "muitas coisas boas" sobre a medicação. "Você ficaria surpreso com a quantidade de pessoas que está tomando, especialmente entre as que estão na linha de frente [do combate ao coronavírus]", afirmou o presidente sem apresentar provas.
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