Troca de ministros afeta todo o sistema de saúde, afirma secretário de SP
O Ministério da Saúde passou por duas trocas de comando durante a pandemia do novo coronavírus. Para o secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, a instabilidade na pasta afeta todo o combate à pandemia no país.
Titular do ministério deste o início do governo Jair Bolsonaro (sem partido), em janeiro de 2019, Luiz Henrique Mandetta deixou a função em 16 de abril. O sucessor, Nelson Teich, foi demitido em 15 de maio. Atualmente, Eduardo Pazuello é o ministro interino da Saúde.
Em participação no UOL Entrevista, Edson Aparecido afirmou que a sequência de trocas "afeta todo o sistema do SUS".
"Espero que o SUS seja reconhecido finalmente. Atendemos 7,5 milhões de pessoas. Se não fosse um sistema como esse, o quadro do Brasil seria estarrecedor", afirmou.
"Na hora que não tem o cérebro que planeja as ações da saúde, evidente que reflete no conjunto da rede. A troca dos ministros em um mês ocasiona problemas na estratégia da saúde", acrescentou.
Hospitais
Na cidade de São Paulo, a meta é conseguir mais insumos para o combate à pandemia, de respiradores a leitos de UTI. E, segundo Edson Aparecido, a prefeitura já tem um plano traçado para evitar o colapso da saúde.
"Temos 241 hospitais privados na cidade, 4.000 leitos, 4.000 respiradores. Acreditamos que possamos fazer a contratação de 800 leitos de UTI. Chegaremos a 500 até o final de maio. Fizemos chamamento com preço mínimo igual para todos, R$ 2.100 por um leito de UTI. Isso tem sido um pulmão muito importante neste momento", listou.
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