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Secretário de vigilância do Ministério da Saúde deixará o cargo nesta 2ª

Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

24/05/2020 10h16Atualizada em 24/05/2020 13h22

Defensor do isolamento social e braço-direito do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, o secretário nacional de Vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, anunciou para a sua equipe que deixará o cargo. Segundo o Ministério da Saúde informou ao UOL, ele ficará no posto até amanhã.

Em 15 de abril, Oliveira chegou a pedir demissão ao então ministro Mandetta. Ele, no entanto, permaneceu no cargo a pedido do então ministro e de seu sucessor, Nelson Teich, que também já deixou a pasta. Para interlocutores do ministério, era uma questão de tempo para o secretário deixar o posto.

Oliveira disse para a equipe do ministério que acordou sua saída com o ministro interino, o general Eduardo Pazuello, no dia 20 de maio. Servidor do Hospital das Forças Armadas, em Brasília, ele deverá se apresentar à instituição assim que deixar o governo.

Procurado, o Ministério da Saúde confirmou e disse que a saída estava prevista desde o dia 5 deste mês. A pedido dos ministros que passaram pela pasta, ele permaneceu por mais tempo. Por enquanto, o ministério não definiu substituto.

Wanderson de Oliveira é doutor em epidemiologia pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e tem mais de 20 anos de experiência, sendo 15 deles no Ministério da Saúde, segundo a pasta. Ele tem passagens pelo Ministério da Defesa e Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

No currículo do enfermeiro está a coordenação à resposta nacional à pandemia de influenza e à síndrome da zika congênita e atuou como ponto focal para o regulamento sanitário internacional e eventos de massa, como Copa do Mundo e Olimpíadas.

A carta de Wanderson de Oliveira

Confira a carta enviada pelo secretário para sua equipe hoje:

"Amanhã, dia 25/05, deixarei definitivamente a função de Secretário de Vigilância em Saúde.

A decisão foi tomada em 15/04, antes mesmo da saída do Ministro Mandetta a quem sou eternamente grato. No entanto, a pedido dele permaneci até a chegada de um novo Ministro.

Com a chegada do Ministro Nelson Teich, em conversa no dia 20/04, coloquei o cargo a disposição. Ele me pediu para ficar mais algumas semanas. Assim procedemos e combinamos que após minhas férias em 20/05, iríamos acertar a data da publicação da exoneração.

Na quarta-feira a tarde, dia 20/05, acertei com o Ministro Pazuello para sair da função na próxima segunda-feira, dia 25 de maio de 2020. Ele solicitou-me para continuar ajudando na resposta, o que farei com o maior prazer.

Somos da mesma instituição, Ministério da Defesa e nós conhecemos desde janeiro de 2019 onde conheci seu trabalho a frente da operação acolhida.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi publicado anteriormente, Wanderson de Oliveira não é médico, mas, sim, enfermeiro. O texto foi corrigido.