Mauá: Prefeito é alvo de ação que apura contratação de hospital de campanha
O prefeito de Mauá (SP), Átila Jacomussi, é alvo de uma operação deflagrada hoje para investigar supostas irregularidades na contratação emergencial pelo município de uma organização social para a gestão e operacionalização do hospital de campanha construído por causa do novo coronavírus.
De acordo com o MP-SP (Ministério Público de São Paulo), são cumpridos mandados de busca e apreensão em São Paulo, Barueri, Jundiaí e Mauá "diante de indícios de crimes previstos na lei de licitações, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, entre outros."
A ação é feita pela Procuradoria-Geral de Justiça, com o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo) e da Polícia Civil.
As investigações apontam ilegalidades na contratação emergencial da organização social Atlantic - Transparência e Apoio à Saúde Pública. O valor da contratação é de R$ 3,3 milhões, para o prazo de 90 dias.
Segundo o MP-SP, a Atlantic ao tempo da contratação tinha seu quadro diretor e administrativo interpostas pessoas desvinculadas da área da saúde.
Além do prefeito, o secretário de Saúde Luis Carlos Casarin e outras duas pessoas são alvos da operação. Em nota divulgada em sua página no Facebook, Jacomussi diz que ficou "indignado com a ação".
"Hoje recebemos a Polícia Civil na Prefeitura para apresentar documentos e todas as informações necessárias sobre o Hospital de Campanha. Nosso trabalho tem sido diário para salvar vidas e não deixamos de lado a prestação de contas nem para o Ministério Público e nem para a população. Todos os gastos com a Saúde estão no Portal da Transparência e por isso fico indignado com esta ação, que leva o povo ao erro", diz trecho. O UOL tenta contato com outros citados.
As buscas ocorreram também nos gabinetes do prefeito e do secretário da saúde, e no setor de licitações do município de Mauá.
Defesa diz que prefeito sofre "perseguição"
Em nota, o advogado de Jacomussi, Daniel Bialski, disse que o prefeito "vem sendo perseguido". Segundo ele, "procede-se uma verdadeira caça às bruxas, mesmo sem investigação prévia ou algo palpável para legitimar essa ação".
O advogado nega irregularidades e afirma que todas as contratações da prefeitura "observaram critérios técnicos e preço. Ainda segundo ele, Jacomussi prestou esclarecimentos e enviou todos documentos sempre que lhe foi solicitado e a empresa contratada "prestou o serviço com excelência e não há qualquer indício de irregularidade ou ilicitude".
"A defesa irá pedir vista dos autos e estudar as medidas que serão tomadas para elidir essa busca, que considera desnecessária e até excessiva", afirmou Bialski.
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