Hospital de campanha do Ibirapuera também receberá pacientes de Piracicaba
O hospital de campanha do Ibirapuera, na cidade de São Paulo, passará a receber também pacientes do novo coronavírus oriundos de Piracicaba (a cerca de 150 km da capital paulista) e região. A informação foi divulgada hoje por Eduardo Ribeiro, secretário executivo da Secretaria Estadual da Saúde, em entrevista coletiva.
A medida reforça a preocupação com a chamada "interiorização" da pandemia. Na última semana, o governo de São Paulo já havia disponibilizado o hospital temporário do Ibirapuera para pacientes de Campinas e região, abrindo a possibilidade também para outras regiões com situação hospitalar mais preocupante.
"De imediato, para a região de Piracicaba, o governo de São Paulo adota algumas medidas. Primeiro, nós incluímos Piracicaba como região de encaminhamento preferencial para o hospital de campanha do Ibirapuera", informou Ribeiro.
"Se lembrarmos, recentemente, nós direcionamos Campinas como origem preferencial para o hospital de campanha do Ibirapuera; agora, estamos incluindo Piracicaba nesta diretriz. No momento, Campinas e Piracicaba são origens preferenciais de pacientes que terão a possibilidade de encaminhamento para o hospital de campanha do Ibirapuera."
Segundo explicou Ribeiro, são "medidas necessárias para evitar qualquer transbordo de pacientes em relação à capacidade" hospitalar. As cidades do Estado de São Paulo ainda receberão, segundo ele, mais 179 novos respiradores.
Ao mesmo tempo em que Piracicaba enviará pacientes para a capital, a cidade também receberá mais 12 leitos de UTI no Hospital Regional Zilda Arns. A ideia, segundo o secretário, é afastar a possibilidade de um colapso em duas frentes: transferindo pacientes da cidade e ampliando a capacidade hospitalar local.
"A solução para a ampliação da disponibilidade de leitos requer múltiplas ações. Nesse caso de Piracicaba, o que nós fizemos foi uma associação de ampliação local de leitos de UTI. Nós já havíamos ampliado de forma muito intensiva, inclusive no Hospital Regional de Piracicaba, que já conta com 36 leitos de UTI, agora incorporando 12 leitos", disse Ribeiro, explicando que nem todos os pacientes poderão ser transferidos para São Paulo.
"O destaque importante é que o transporte sanitário, que é como chamamos o transporte de pacientes entre unidades hospitalares, obedece a critérios claros. O paciente, para ser elegível para transporte, transferências, precisa ter determinadas condições clínicas", acrescentou.
Ribeiro ainda afirmou que Piracicaba terá atenção especial nos próximos "dois ou três dias", "a fim de evitar que medidas mais duras tenham que ser tomadas".
De acordo com dados coletados até ontem pela Prefeitura de Piracicaba, a cidade já teve 4.733 casos confirmados do novo coronavírus, com 3.267 pacientes recuperados e 1.336 pessoas em tratamento. Foram registrados 130 óbitos do covid-19 no município.
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