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SP: Após escalada de casos em idosos, capital vai monitorar asilos

Contágio entre idosos cresceu nos últimos 15 dias na cidade - Talyta Vespa/UOL
Contágio entre idosos cresceu nos últimos 15 dias na cidade Imagem: Talyta Vespa/UOL

Do UOL, em São Paulo

29/07/2020 11h48

A cidade de São Paulo vai passar a monitorar de perto os asilos após inquérito sorológico mostrar um crescimento do contágio de coronavírus entre idosos. O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, afirmou que os dados mostraram uma escalada de casos nas ILPIs (instituições de longa permanência de idosos) particulares nas regiões mais afastadas da capital.

"Nós temos um monitoramento, um rastreamento bastante detalhado nas chamadas instituições de longa permanência de idosos aqui na cidade — tanto da prefeitura como aquelas particulares", declarou o secretário em entrevista à CNN. "Identificamos também nessas ILPIs particulares, sobretudo na periferia da cidade, uma quantidade destacada de idosos com mais de 65 anos que testaram positivamente", disse.

Edson Aparecido prometeu reforçar o atendimento e o acompanhamento dos casos nas pessoas com mais de 65 anos, que compõem um dos grupos de risco da covid-19.

Aumento dos casos em idosos

O inquérito sorológico divulgado ontem pela prefeitura de São Paulo mostrou um aumento da prevalência da doença entre idosos na capital: 13,9% de todos os casos mapeados pelo estudo foram registrados em pessoas idosas. Para o secretário, esse aumento é preocupante e pode ser sido motivado indiretamente pela flexibilização da quarentena e a abertura de novos serviços na cidade.

"O avanço da pandemia nesses últimos 15 dias nas pessoas com mais de 65 anos seguramente reflete a saída de pessoas da família — pessoas mais jovens que foram trabalharam com o processo de flexibilização de alguns setores da economia, pessoas que saíram da família para buscar eventualmente emprego — e que, possivelmente, voltaram contaminadas e contaminaram esses idosos", explicou.

O inquérito apontou também que a prevalência da doença entre quem usa a máscara é de 9% contra 30% para quem não usa. "A primeira recomendação é ficar em casa, não sair, sair só se necessário numa eventual consulta no sistema de saúde. E, quando sair, utilizar a máscara", reforçou Aparecido. "Se sair de casa por alguma necessidade, não saia em hipótese nenhuma sem utilizar a máscara."