Topo

Esse conteúdo é antigo

Covid-19: Maior preocupação em SP, Vale do Ribeira pode ir à fase vermelha

Patricia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico de SP, admitiu a possibilidade de a região ser colocada em fase vermelha na próxima reclassificação do Plano São Paulo - Divulgação
Patricia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico de SP, admitiu a possibilidade de a região ser colocada em fase vermelha na próxima reclassificação do Plano São Paulo Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo*

30/07/2020 13h41

O Vale do Ribeira, no Sul do estado de São Paulo, se tornou a principal preocupação do governo paulista no combate à pandemia do novo coronavírus. Enquanto as autoridades estaduais apontam uma evolução positiva no interior, os dados dessa região colocam o governo em alerta.

Na última atualização do Plano São Paulo, anunciada na sexta-feira (24), a região de Registro aparecia na fase amarela (a terceira) de reabertura. No entanto, secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Patrícia Ellen, reconheceu hoje que é possível que seja realocado diretamente na fase vermelha na atualização que será apresentada amanhã. "A região que inspira mais cuidados nesta última semana é a do Vale do Ribeira. As reclassificações servem para isso: para colocar regiões que precisam ir diretamente para a fase vermelha. É possível, sim, ir do amarelo diretamente para o vermelho. Por isso que nós fazemos essas reclassificações extraordinárias", disse a secretária.

Ontem, o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, havia anunciado que três municípios da região — Registro, Pariquera-Açu e Cajati — receberiam hoje a recomendação para voltarem à fase vermelha do Plano São Paulo, a mais rígida da lista de medidas de retomada social e econômica em São Paulo.

O Vale do Ribeira tinha ontem índice de 89% de ocupação dos leitos de UTI — no estado, o número é de 65,1%. As três cidades representam 58% dos casos e 41% dos óbitos da região. Por isso, o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, foi hoje à região para monitorar a situação e visitar as unidades hospitalares.

O município de Registro teve até o momento 781 casos confirmados pela doença. Pariquera-Açu, 380, e Cajati, 666. Na região, houve variação semanal de 163,6% no número de casos — ao todo 3.179 diagnósticos — e de 700% no número de mortes — 63 óbitos contabilizados até ontem.

"Nós estamos fazendo as ações para que essa ocupação possa cair, como uma maior capacidade de leitos. Esse esforço que vem sendo feito já surte efeito imediato", afirmou Marco Vinholi.

Ribeirão Preto, Piracicaba e Campinas

No interior de São Paulo, o governo apontou avaliações positivas de três regiões que geraram as maiores preocupações nas últimas semanas: Ribeirão Preto, Piracicaba e Campinas.

Segundo Patrícia Ellen, Ribeirão tem média de 87,9% de ocupação nos últimos sete dias, mas apresentou "uma redução importante das internações e dos óbitos", com queda de quase 10% nas internações e de 1% nos óbitos. "É um panorama que, se mantido, deverá refletir positivamente nos indicadores da região", disse.

Em Piracicaba, a situação menos favorável, mas estável, com taxa ocupação em torno de 80% nos últimos sete dias, crescimento de 7% nas internações e 17% no número de óbitos. As duas regiões estão em fase vermelha.

Campinas, em fase laranja, registrou "melhora expressiva", disse a secretária. A ocupação de leitos é de 75%, com queda de 3% nas internações.

* Com informações da Agência Estado