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Saúde: preferência será para a vacina que 'chegar primeiro com eficácia'

Vacina de Oxford - coordenação da Unifesp - Divulgação Unifesp
Vacina de Oxford - coordenação da Unifesp Imagem: Divulgação Unifesp

Do UOL, em São Paulo

12/08/2020 19h09

O Ministério da Saúde informou hoje que a vacina contra a covid-19 que demonstrar eficácia ganhará a atenção do governo, e não necessariamente a de Oxford, pela qual o governo formou parceria com a AstraZeneca para a compra e produção da tecnologia.

"A nossa preferência é a [vacina] que chegar primeiro com eficácia. Estamos no encaminhamento da Medida Provisória para aquisição de vacinas com a AstraZeneca", afirmou Hélio Angotti Neto, da secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do ministério.

O secretário também afirmou que o principal objetivo é "salvar o maior número de vidas o quanto antes".

"Se tiver 15 vacinas [aprovadas], o País vai atrás das 15. Não há problema nenhum ter acordo com parceiro e fazer novos acordos com outros [laboratórios]. O que importa é solucionar o problema", acrescentou.

Estratégia para campanha de vacinação

Na coletiva, o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, deu detalhes sobre o planejamento da campanha para a vacinação, cuja quantidade de doses será semelhante com a utilizada para a influenza. Mas há diferenças.

"Várias coisas estão em jogo. E nos pareceu razoável uma cobertura vacinal que utilizamos para a influenza, no que daria 90 a 100 milhões de doses. Mas falamos com relação ao quantitativo, e não que serão os mesmos grupos prioritários. Sabemos quais são os grupos prioritários da covid, vamos analisar por eles", disse.

Angotti Neto disse que as 100 milhões de doses são apenas um "montante inicial" e que a quantidade pode ser expandida, já que é possível a compra de outros produtos em outros laboratórios.

O secretário afirmou que o plano será nacional e não dará preferência para certos estados ou regiões.

"Partimos de um número de doses. Com este resultado e o que temos disponível, nós partimos para uma adaptação e estratégia nacional. Não pensamos se um estado produziu ou não. O que adquirimos vamos disponibilizar a todos os municípios. O critério é quem tem mais risco, uma priorização. Precisa ser feito com estratégia, todo um estudo para ver a forma mais eficaz", disse.

No final de julho, o governo afirmou que a vacina está na terceira e última fase de testes e, caso a imunização se comprove eficaz e segura, o primeiro lote deve chegar em dezembro deste ano.

Vacinas em São Paulo e no Paraná

Ontem, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o Instituto Butantan terá condições de aplicar 15 milhões da CoronaVac, parceria com laboratório chinês, também em dezembro, caso aprovada na última fase de testes.

Hoje mais cedo, o governo estadual do Paraná anunciou um memorando de entendimento com a Rússia voltado ao acompanhamento de informações relacionadas à vacina Sputnik V, a primeira registrada contra o coronavírus no mundo.