PR: Autoridades projetam testes com vacina russa em 1 mês; produção em 2021
Secretário de Relações Internacionais do Paraná, Luís Carlos Mascarenhas projeta que testes com a vacina russa contra a covid-19 no estado podem ter início daqui a 20 ou 30 dias. Já o diretor-presidente do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná), Jorge Callado, disse que a produção pode ter início no segundo semestre de 2021.
Ambos pontuaram que tudo depende de trâmites legais a serem cumpridos no processo de registro e aprovação da imunização em solo brasileiro. O acordo só será finalizado com a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa).
"A gente tem uma ideia técnica do trâmite legal, leva em torno de 10 a 20 dias. Então caso a gente consiga vencer a parte federal de registro da vacina aqui no Brasil, nós daremos início à testagem. Aguardamos que seja célere e que a gente consiga todas as informações necessárias. Se eu fosse arriscar uma data, seria entre 20 e 30 dias", declarou Mascarenhas, em entrevista à CNN Brasil.
O Paraná assinou hoje um entendimento com o governo da Rússia para participar de testes com a vacina anunciada ontem e, talvez, importar a tecnologia para produzi-la no estado.
A gente tem um plano estratégico que essa é uma corrida contra o tempo, a saúde das pessoas está em risco, então o governo do estado se preocupa muito com trâmite legal e oficial, mas já temos nossas universidades e hospitais universitários de ponto de apoio.
Luis Carlos Mascarenhas, secretário de Relações Internacionais do Paraná
Produção em 2021
Um grupo de cientistas e pesquisadores receberá a documentação com informações sobre a vacina e vai avaliar o que for apresentado. A partir daí, deve encaminhar os protocolos à Anvisa e, em caso de aprovação, iniciar a testagem no estado.
"Todas as etapas devem ser vencidas com segurança. Antes de falar da validação, é um segundo passo. A produção no Brasil, de forma muito conservadora, pelo segundo semestre de 2021. Mas isso não impede que o governo faça importações dessa vacina. A vacina pode chegar antes se aprovada e registrada. A produção é, a princípio, no segundo semestre de 2021", disse Callado em entrevista coletiva concedida hoje.
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