Paraná e Rússia firmam parceria sobre vacina para coronavírus
O governo do Paraná assinou hoje um memorando de entendimento com a Rússia voltado ao acompanhamento de informações relacionadas à vacina Sputnik V, a primeira registrada contra o novo coronavírus no mundo.
De acordo com o governo paranaense, o memorando é uma espécie de "protocolo de intenções" para que a vacina eventualmente seja testada no estado e, quem sabe, produzida também. Para isso, ela precisará de aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O diretor-presidente do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná), Jorge Callado, afirmou que, se tudo correr dentro do esperado, é possível que a vacina russa esteja sendo distribuída no 2º semestre de 2021 no Paraná.
Foi decidido que um grupo de trabalho será formado para que membros do governo paranaense tenham acesso a dados sobre a vacina. Caso a eficácia seja realmente comprovada, ela poderia vir a ser oferecida à população paranaense.
Segundo o governador Ratinho Junior, o Tecpar será responsável por coordenar os estudos para acompanhar a eficácia da vacina.
"Nesse momento a prioridade é a validação da vacina no país. Dependemos dessa aprovação para os outros encaminhamentos", disse Callado. "Agora podemos trabalhar os aspectos regulatórios e técnicos. Temos que trabalhar muito bem essa parceria para que os resultados sejam os melhores possíveis para todos os brasileiros."
O governo paranaense também já assinou um termo de cooperação com a China para iniciar a testagem e a produção de vacina da Sinopharm. O acordo dá ao Paraná acesso ao resultado das duas primeiras fases de testagem. Segundo o laboratório da vacina, os processos iniciais mostraram que ela é eficaz e não causa nenhuma reação adversa grave.
A parceria entre Paraná e Rússia a respeito da vacina já havia sido anunciada ontem. Uma reunião virtual entre o governador Ratinho Júnior e o embaixador russo Sergey Akopov realizada nesta tarde oficializou o acordo.
A vacina russa foi aprovada menos de dois meses após o início dos testes em humanos, o que levou pesquisadores a questionarem se a Rússia não está colocando o prestígio nacional à frente da ciência.
A aprovação pelo Ministério da Saúde russo veio antes do início dos testes clínicos em Fase 3 com milhares de voluntários — a etapa considerada normalmente como essencial para o registro de uma vacina.
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