Topo

Esse conteúdo é antigo

Brasil registra 726 novas mortes por covid em 24 h; total passa de 107 mil

Brasil é o segundo país do mundo com mais mortos e infectados, perdendo apenas para os EUA - Paulo Lopes/BW Press/Estadão Conteúdo
Brasil é o segundo país do mundo com mais mortos e infectados, perdendo apenas para os EUA Imagem: Paulo Lopes/BW Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

15/08/2020 18h36Atualizada em 15/08/2020 21h48

O Brasil registrou 726 novas mortes em decorrência do novo coronavírus desde ontem à noite, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. O total no país agora é de 107.297 óbitos.

Já os casos chegaram a 3.317.832 desde o início da pandemia no Brasil. Em 24 horas, as secretarias estaduais de Saúde registraram 38.937 novos infectados.

O balanço atualizado não inclui as novas mortes no Acre, que vai passar a divulgar o número apenas de segunda à sexta. Em nota, a secretaria de Saúde do estado (Sesacre) informou que os óbitos do fim de semana agora entrarão no boletim de segunda-feira. Atualmente, o Acre soma 576 mortes pela covid-19.

Em relação à média móvel de mortes pela doença, 12 estados tiveram desaceleração no índice, 5 enfrentaram alta e outros 11 e o DF apresentaram estabilidade, na variação dos últimos 14 dias.

Com uma média móvel de 964 mortes/dia na última semana, o Brasil manteve a estabilidade de óbitos em decorrência da doença (4%).

Veja a oscilação da média móvel de mortes em cada estado:

  • Aceleração: AM, MG, PR, SC e TO
  • Estabilidade: BA, DF, ES, GO, MS, PA, PB, PI, RO e SP
  • Queda: AC, AL, AP, CE, MA, MT, PE, RJ, RN, RR, RS e SE

Números da Saúde

Pelo Ministério da Saúde, o Brasil confirmou mais 709 mortes nas últimas 24 horas. Agora, o país soma 107.232 óbitos pelo coronavírus. O número de novos casos foi de 41.576, totalizando 3.317.096.

O Brasil é o segundo país do mundo com mais mortos e infectados, perdendo apenas para os Estados Unidos (169 mil e 5,34 milhões, respectivamente, de acordo com a Universidade Johns Hopkins).

Ao todo, 2.404.272 pessoas se recuperaram da covid-19. Outras 805.592 seguem em acompanhamento.

RJ reabre pontos turísticos

No Rio de Janeiro, o dia foi marcado pela reabertura de pontos turísticos icônicos, como o Cristo Redentor. Os visitantes tiveram que usar máscara, manter uma distância mínima de dois metros entre si e não puderam deitar no chão — algo habitual entre os que querem buscar o melhor ângulo para fotos.

Localizado do morro do Corcovado (710 metros de altitude), no Parque Nacional da Tijuca, o santuário oferece uma vista panorâmica da cidade. O local suspendeu as visitas em março, mas continuou funcionando como santuário religioso, com missas sem público e homenagens às vítimas da pandemia e aos profissionais da saúde.

Também reabriram ao público o bondinho do Pão de Açúcar, que oferece uma vista panorâmica de outro ponto da cidade, o AquaRio e a roda gigante Rio Star, atração na região da zona portuária inaugurada no ano passado.

'Rumo a um desfiladeiro'

Em entrevista publicada hoje pelo The Guardian, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) levou o povo brasileiro rumo a um "desfiladeiro" com sua resposta à covid-19 e será duramente criticado por isso por historiadores no futuro.

A atitude de Bolsonaro diante a pandemia foi classificada por Mandetta como "cambaleante, interessado em si próprio e anticientífica", de acordo com o jornal.

Ortopedista, Mandetta foi o primeiro ministro da Saúde do governo Bolsonaro e saiu da pasta em abril após divergências com o presidente. Bolsonaro, por exemplo, resistia ao isolamento social e fechamento de comércio, medidas inicialmente recomendadas por Mandetta.

Na entrevista ao The Guardian, o ex-ministro disse ainda que Bolsonaro teve papel crucial ao direcionar o Brasil a uma "catástrofe" e "brincou de política com a vida dos cidadãos em meio a uma crise global", nas palavras da publicação.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.