Com 622 óbitos em 24 h, Brasil tem queda na média de mortes em 3 regiões
Com 622 óbitos por covid-19 registrados nas últimas 24 horas, o Brasil apresentou três regiões com queda na média de mortes provocadas pela doença. O total de mortos já chega a 161.170 no país. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Centro-Oeste (-21%), Norte (-22%) e Sudeste (-30%) foram as regiões em queda na variação da média móvel de mortes em 14 dias. As demais tiveram estabilidade: Nordeste (-11%) e Sul (-9%).
Houve 23.815 novos casos da doença de ontem para hoje. Desde o início da pandemia, o país chegou a um total de 5.590.941 infectados pelo novo coronavírus. Foram 384 mortes em média nos últimos sete dias.
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira que o Brasil teve 610 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. O número de óbitos subiu para 161.106 desde o início da pandemia, de acordo com levantamento do governo federal.
De ontem para hoje, o país registrou 23.976 novos casos da doença, segundo o ministério, elevando o número de infectados pelo novo coronavírus para 5.590.025.
Segundo o governo 5.064.344 pessoas se recuperaram da covid-19. Outras 364.575 permanecem em acompanhamento.
11 estados em queda, e 3 em alta
O Distrito Federal e 11 estados tiveram queda na média móvel de mortes —outros 11 se mantiveram estáveis no mesmo período. Ceará (+34%), Santa Catarina (+61%) e Piauí (+17%) apresentaram aceleração em comparação com a média de 14 dias atrás.
O Amapá não divulgou dados até as 20h de hoje, por isso não entrou na contagem.
Com 384 mortes no período de sete dias, o Brasil teve o quarto dia consecutivo de queda na variação de 14 dias, com oscilação de -22%.
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-21%)
- Minas Gerais: queda (-44%)
- Rio de Janeiro: queda (-18%)
- São Paulo: queda (-32%)
Região Norte
- Acre: queda (-38%)
- Amazonas: estável (-9%)
- Amapá: queda (-22%) *O estado não divulgou dados até às 20h de hoje
- Pará: estável (9%)
- Rondônia: estável (-7%)
- Roraima: queda (-77%)
- Tocantins: queda (-69%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-18%)
- Bahia: estável (1%)
- Ceará: aceleração (34%)
- Maranhão: estável (8%)
- Paraíba: estável (-8%)
- Pernambuco: estável (13%)
- Piauí: em aceleração (17%)
- Rio Grande do Norte: em queda (-84%)
- Sergipe: estável (-3%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-43%)
- Goiás: estável (-12%)
- Mato Grosso: queda (-25%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-5%)
Região Sul
- Paraná: queda (-28%)
- Rio Grande do Sul: estável (-14%)
- Santa Catarina: em aceleração (61%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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