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Cronograma de chegada da Coronavac continua, mesmo com suspensão de testes

Primeiras doses da Coronavac chegam ao Brasil no dia 20 de novembro - Cadu Rolim/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Primeiras doses da Coronavac chegam ao Brasil no dia 20 de novembro Imagem: Cadu Rolim/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

10/11/2020 11h25Atualizada em 10/11/2020 11h34

A suspensão das pesquisas da Coronavac pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não vai alterar o cronograma de importação que prevê as primeiras 120 mil doses chegando ao Brasil em 20 de novembro, informaram hoje fontes do governo de São Paulo e do Instituto Butantan.

A previsão é que, até o final do, ano 6 milhões de vacinas sejam armazenadas esperando autorização da Anvisa. A aplicação dos imunizantes, assim como de qualquer medicamento, só poderá ocorrer após aprovação da agência.

A justificativa para seguir com o cronograma é que a interrupção nos estudos deve durar alguns dias e não faria sentido parar todo um processo que leva bastante tempo. Desta forma, o primeiro lote deve chegar na sexta-feira da semana que vem ao Aeroporto de Guarulhos (SP).

O imunizante contra a covid-19 é desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Butantan, ligado ao governo de São Paulo, e a Anvisa suspendeu ontem seus testes clínicos após um "evento adverso grave" registrado no dia 29 de outubro.

A agência não disse qual foi o problema relatado, mas listou que entre possíveis "eventos graves" estão reações sérias, morte, anomalia e internações prolongadas. O Butantan diz que o caso não teve relação nenhuma com a vacina, mas sim foi causado por um "fator externo".

A suspensão dos testes é uma prática comum para esclarecimentos quando um efeito adverso grave é detectado. Outros testes de vacinas contra o coronavírus, como a desenvolvida em parceria entre a Universidade de Oxford e o laboratório sueco Astrozeneca, também já passaram por breves interrupções por eventos similares e foram retomados.

A chegada do primeiro lote de doses ao Brasil foi anunciada ontem à tarde pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). As vacinas que chegarão até o final de dezembro fazem parte das 46 milhões de doses compradas pelo governo de São Paulo, entre doses prontas e insumos para fabricação própria no Brasil.