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Brasil ultrapassa 165 mil óbitos por covid-19, com 818 novas mortes em 24 h

Nas últimas 24 horas, foram 36.402 novos testes positivos no país, totalizando 5.848.101 infectados - Rovena Rosa/Agência Brasil
Nas últimas 24 horas, foram 36.402 novos testes positivos no país, totalizando 5.848.101 infectados Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

14/11/2020 18h52Atualizada em 14/11/2020 20h42

O Brasil passou hoje a marca dos 165 mil mortos por causa da covid-19. Entre ontem e hoje, foram notificados 818 novos óbitos relacionados à doença, totalizando 165.673 no país desde o início da pandemia, segundo as secretarias estaduais da Saúde. Nove estados e o Distrito Federal apresentaram tendência de aumento na média de mortes.

Nas últimas 24 horas, foram registrados 36.402 novos testes positivos no país, totalizando 5.848.101 infectados. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Além disso, seis estados apresentaram tendência de queda, enquanto 11 mantiveram estabilidade.

Dados do governo

De acordo com os dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou 921 novos óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas. No total, são 165.658 mortes em decorrência da doença no país.

O governo municipal informa que, desde o início da pandemia, 5.848.959 pessoas receberam teste positivo para o novo coronavírus —desses, 38.307 foram notificados entre ontem e hoje.

País mantém estabilidade

Foram 484 mortes por dia, em média, na última semana em todo o país, o que representa uma estabilidade de 15% na comparação com 14 dias atrás. É o segundo dia consecutivo que o Brasil tem média móvel acima de 400 após dez dias se mantendo abaixo deste número.

Vale ressaltar que o aumento nas acelerações em alguns estados pode ser explicada pelo recente apagão de dados que o país enfrentou. Como alguns estados registraram zero mortes nesses dias, o retorno nos números com dados represados pode impactar na variação. Pode ser o caso de Amapá, Roraima e São Paulo.

Entre as regiões, Sudeste (19%) e Sul (52%) apresentaram aceleração. O Nordeste (-16%) foi a única região em queda, enquanto Centro-Oeste (15%) e Norte (6%) tiveram estabilidade.

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (5%)

  • Minas Gerais: estável (12%)

  • Rio de Janeiro: estável (-7%)

  • São Paulo: aceleração (42%)

Região Norte

  • Acre: aceleração (50%)

  • Amazonas: queda (-35%)

  • Amapá: aceleração (271%)

  • Pará: estável (12%)

  • Rondônia: aceleração (29%)

  • Roraima: aceleração (1000%)

  • Tocantins: aceleração (62%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-19%)

  • Bahia: estável (-14%)

  • Ceará: queda (-56%)

  • Maranhão: queda (-22%)

  • Paraíba: estável (-8%)

  • Pernambuco: estável (14%)

  • Piauí: queda (-16%)

  • Rio Grande do Norte: em aceleração (163%)

  • Sergipe: queda (-54%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: aceleração (33%)

  • Goiás: estável (-15%)

  • Mato Grosso: aceleração (87%)

  • Mato Grosso do Sul: estável (10%)

Região Sul

  • Paraná: em aceleração (179%)

  • Rio Grande do Sul: estável (-1%)

  • Santa Catarina: estável (14%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.