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Covid: taxa de transmissão no país volta a superar 1, diz Imperial College

Movimentação das ruas de São Paulo durante a pandemia do novo coronavírus - Cesar Conventi / Estadão Conteúdo
Movimentação das ruas de São Paulo durante a pandemia do novo coronavírus Imagem: Cesar Conventi / Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

17/11/2020 15h20

O Brasil voltou a registrar alta na taxa de transmissão da covid-19, segundo dados divulgados hoje pelo Imperial College. No dia 10 deste mês, o índice estava em 0,68. De acordo com o número divulgado hoje, o ritmo de contágio (rt) subiu para 1,10.

Os números indicam que cada grupo de 100 pessoas contaminadas com o coronavírus transmite o vírus para outras 110 pessoas, ou seja, um infectado pode transmitir a doença para mais de uma pessoa, aumentando as chances de propagação.

O aumento do ritmo de contágio acompanha o crescimento de novos casos e mortes por covid-19 que foram registrados no fechamento da semana epidemológica 46. Houve um aumento de mais de 65% nas infecções em relação à semana epidemiológica 45. O índice de 0,68, há uma semana, foi o menor já registrado no país desde abril.

A média móvel de novas infecções no Brasil, nos últimos 7 dias, subiu 59% em relação aos casos de duas semanas atrás. Esse percentual é o maior aumento desde 3 de junho.

Até o início da tarde de hoje, o Brasil registrava 166.101 mortes por coronavírus, de acordo com o levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. O país só fica atrás dos Estados Unidos no número de vítimas fatais.

Taxa de transmissão em São Paulo

Pesquisares da USP (Universidade de São Paulo) monitoram a taxa de transmissão em São Paulo e já confirmaram que a curva de contágio voltou a subir no estado, a partir de novembro.

Atualmente a taxa está em 1,05 e deve chegar a 1,11 na próxima segunda-feira. Na capital de São Paulo, o índice está ainda mais alto. A tendência é que passe dos atuais 1,36 para 1,41.

Recentemente o governo do estado de São Paulo confirmou que houve um aumento de internações no estado. Os números de casos e mortes estão afetados por um problema no sistema do Ministério da Saúde. Por tudo isso o governador João Doria evitou mudanças no Plano São Paulo e conteve avanços na flexibilização.