Com 769 novos óbitos, Brasil completa uma semana de alta na média de mortes
O Brasil registrou hoje 769 novos óbitos causados pela covid-19 e completou uma semana com tendência de alta na média móvel de mortes. Foram 642 óbitos em média nos últimos sete dias, o que representa uma variação de 35% na comparação com 14 dias atrás. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Ao todo, o país já registra 179.801 óbitos causados pela doença desde o início da pandemia. Houve 53.425 novos casos da doença de ontem para hoje em todo o país. Desde o começo da pandemia, foram 6.783.543 testes positivos para o novo coronavírus.
A cada dia, o Brasil se aproxima de voltar a registrar 700 mortes em média por semana, algo que não ocorria desde setembro. Essa tendência de aceleração tem sido observada desde a segunda quinzena de novembro.
Dados da Saúde
Segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou 770 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença provocou 179.765 óbitos em todo o país.
De ontem para hoje, houve 53.347 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil. O total de infectados desde o começo da pandemia chegou a 6.781.799.
De acordo com a pasta, 5.931.777 pessoas se recuperaram da doença, com outras 670.257 em acompanhamento.
21 estados e DF em aceleração
Os números do consórcio indicam que novamente o Brasil tem 21 estados mais o Distrito Federal com tendência de alta na média móvel de mortes. Ontem o país registrou a mesma quantidade de altas. É o maior número de estados em aceleração desde o início do cálculo pelo grupo de veículos de imprensa.
Apenas dois estados registraram queda na média de mortes: Amazonas (-57%) e Maranhão (-26%). Ao passo que três se mantiveram estáveis: Alagoas (0%), Amapá (6%) e Pará (2%).
Entre as regiões, apenas o Norte teve estabilidade (-9%). As demais apresentaram aceleração: Centro-Oeste (58%), Nordeste (36%), Sudeste (33%) e Sul (42%).
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (34%)
- Minas Gerais: aceleração (20%)
- Rio de Janeiro: aceleração (28%)
- São Paulo: aceleração (42%)
Região Norte
- Acre: aceleração (27%)
- Amazonas: queda (-57%)
- Amapá: estável (6%)
- Pará: estável (3%)
- Rondônia: aceleração (110%)
- Roraima: aceleração (86%)
- Tocantins: aceleração (90%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (0%)
- Bahia: aceleração (34%)
- Ceará: aceleração (42%)
- Maranhão: queda (-26%)
- Paraíba: aceleração (72%)
- Pernambuco: aceleração (31%)
- Piauí: aceleração (30%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (181%)
- Sergipe: aceleração (41%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (40%)
- Goiás: aceleração (37%)
- Mato Grosso: aceleração (77%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (105%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (38%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (47%)
- Santa Catarina: aceleração (41%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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