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Doria volta a atacar Bolsonaro por vacina: 'Vira as costas para o Butantan'

"Ainda tem coragem de dizer que estamos no "finalzinho" da pandemia", criticou o governador de SP - Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo
"Ainda tem coragem de dizer que estamos no 'finalzinho' da pandemia", criticou o governador de SP Imagem: Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

11/12/2020 19h33Atualizada em 11/12/2020 19h38

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por sua postura quanto à pandemia de covid-19 e, mais especificamente, à vacina CoronaVac. Para Doria, o governo federal foi ausente e virou as costas para o Brasil e para o Instituto Butantan, corresponsável pelo desenvolvimento do imunizante.

"Ainda tem coragem de dizer que estamos no 'finalzinho' da pandemia", disse o governador, fazendo referência a uma declaração feita ontem por Bolsonaro. "O país e o mundo civilizado buscando vacinas, enquanto o presidente da República elege uma vacina [AstraZeneca/Oxford] e vira as costas para o Butantan".

Segundo Doria, 254 municípios e 13 estados já formalizaram intenções de compra da CoronaVac para imunizar, em primeiro lugar, profissionais de saúde e idosos — incluindo Goiás, governado por Ronaldo Caiado (DEM), chamado pelo tucano de "negacionista".

"[Queremos] Vacina já, não adiar o que se pode fazer agora, não criar burocracia", pediu o governador paulista.

As declarações de Doria foram feitas durante o 19º Fórum Empresarial LIDE, do qual também participou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O parlamentar também fez críticas à atuação do governo federal nos últimos meses e elogiou o Congresso, que, na visão dele, agiu rapidamente para minimizar os efeitos da pandemia.

"Nenhum Parlamento no mundo, acredito eu, conseguiu construir uma emenda constitucional tão rápida para enfrentar a pandemia", avaliou, fazendo menção à aprovação do auxílio emergencial. "Para esse governo, é uma incoerência falar em calamidade, até porque até hoje ele não reconheceu que há uma pandemia e que há pessoas morrendo. Certamente, para ele, não há calamidade", completou.