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Brasil precisa de todas as vacinas, diz médica à frente de testes de Oxford

Ampolas da vacina contra covid-19 da AstraZeneca com a Universidade de Oxford - Divulgação
Ampolas da vacina contra covid-19 da AstraZeneca com a Universidade de Oxford Imagem: Divulgação

Do UOL, no Rio

12/12/2020 20h07

A médica Lily Weckx, à frente dos primeiros testes anunciados no país para desenvolver o imunizante de Oxford, em parceria com o laboratório farmacêutico AstraZeneca, reforça a importância de que sejam disponibilizadas outras vacinas para imunizar a população na luta contra a covid-19. "O Brasil precisa de todas as vacinas", disse, em entrevista à revista Veja.

Com 686 óbitos nas últimas 24 horas, o Brasil já contabiliza mais de 181 mortes em decorrência da doença causada pelo novo coronavírus.

Uma das principais apostas do governo federal para o desenvolvimento de um programa de vacinação a partir de 2021, o estudo já contou com a participação de mais de 10 mil voluntários.

Coordenadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Lily Weckx ainda projeta uma eficácia acima de 90% nesse tipo de medicamento, apesar de uma oscilação que variou entre 62% a 90% de eficácia em exames no Reino Unido. "Ainda há mais da metade do caminho pela frente, mas estamos na trilha certa", analisou.

Segundo a especialista, não são necessários mais testes para atestar a validade do produto junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). "É uma vacina que tem total condição de pedir o registro, pois ultrapassa o mínimo de 50% de eficácia necessária", disse, em entrevista à Veja.

Ela reforçou, ainda, o impacto positivo do imunizante na prevenção do agravamento dos sintomas causados pelo vírus. E garantiu que não representa riscos para os pacientes.

"A vacina tem um forte potencial em prevenir desdobramentos severos da covid-19. É um imunizante que não apresenta riscos a quem recebe. Estamos diante de um imunizante eficaz, com uso fácil e que pode causar importante impacto na redução da pandemia. Vamos ter uma vacina que faz a diferença", argumentou.