Com 690 óbitos em 24h, Brasil tem nono dia de alta em mortes por covid
O Brasil registrou 690 novos óbitos causados pela covid-19 neste sábado (12) e chegou a nove dias com tendência de alta na média móvel de mortes. Foram 643 óbitos em média nos últimos sete dias, o que representa uma variação de 23% na comparação com 14 dias atrás. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Ao todo, o país já registra 181.143 óbitos causados pela doença desde o início da pandemia. Houve 44.282 novos casos da doença de ontem para hoje em todo o país. Desde o começo da pandemia, já são 6.880.595 testes positivos para o novo coronavírus.
A cada dia, o Brasil se aproxima de voltar a registrar 700 mortes em média por semana, algo que não ocorria desde setembro. Essa tendência de aceleração tem sido observada desde a segunda quinzena de novembro.
Alta em 17 estados + DF
Ao todo, o país tem 17 estados mais o Distrito Federal com tendência de alta na média móvel de mortes. Entre quarta e quinta, o país registrou o maior número de estados em alta desde o início do cálculo pelo consórcio: 21.
Entre as regiões, apenas o Norte indicou estabilidade (-9%). As demais apresentaram aceleração: Centro-Oeste (24%), Nordeste (22%), Sudeste (21%) e Sul (38%).
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil registrou 686 novas mortes provocadas por covid-19 nas últimas 24 horas. Com isso, país chega 181.123 óbitos pela doença desde o início da pandemia.
De ontem para hoje, o Brasil teve 43.900 diagnósticos positivos para o novo coronavírus. Desde o começo da pandemia, o número de infectados em todo o país subiu para 6.880.127.
De acordo com a Universidade John Hopkins, que acompanha a evolução da pandemia no mundo, o Brasil segue como o terceiro país com mais casos da doença, atrás de Estados Unidos e Índia, e o segundo em número total de mortes, atrás apenas dos EUA.
No boletim de hoje, o governo federal informou ainda que 5.969.706 pessoas se recuperaram da doença e outras 729.298 seguem em acompanhamento.
Rua e comércio cheios
Apesar dos casos crescentes, o país segue registrando aglomeração em diversos locais. Em São Paulo, centros comerciais do Brás e da 25 de Março, no centro, amanheceram abarrotados de pessoas fazendo compras para as festas de final de ano.
Com sábado de sol no Rio de Janeiro e no litoral paulista, também foram registradas praias cheias de banhistas.
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (41%)
- Minas Gerais: aceleração (40%)
- Rio de Janeiro: estável (5%)
- São Paulo: aceleração (24%)
Região Norte
- Acre: aceleração (70%)
- Amazonas: queda (-51%)
- Amapá: aceleração (35%)
- Pará: estável (9%)
- Rondônia: estável (15%)
- Roraima: aceleração (57%)
- Tocantins: aceleração (36%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (11%)
- Bahia: aceleração (39%)
- Ceará: queda (-25%)
- Maranhão: queda (-27%)
- Paraíba: aceleração (93%)
- Pernambuco: aceleração (22%)
- Piauí: aceleração (23%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (150%)
- Sergipe: estável (10%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (40%)
- Goiás: queda (-24%)
- Mato Grosso: aceleração (44%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (95%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (27%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (46%)
- Santa Catarina: aceleração (42%)
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