Com 483 óbitos em 24 h, Brasil ultrapassa 190,5 mil mortes por covid-19
Com 483 novas mortes por coronavírus confirmadas nas últimas 24 horas, o Brasil chegou a 190.515 óbitos causados pela covid-19 desde o início da pandemia. Segundo o levantamento do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, o número de infectados passou para 7.447.625, com os 23.195 registros positivos de ontem para hoje.
Neste feriado de Natal, o país registrou a segunda queda seguida na média de mortos pela doença — foram 690 óbitos nos últimos sete dias, menor número desde as 684 vítimas pela média registrada no dia 16 de dezembro. A variação é de 7% em comparação com duas semanas atrás, o que representa estabilidade no índice.
Situação nos estados
Três regiões apresentam estabilidade nos óbitos: Sul (6%), Sudeste (2%) e Nordeste (1%). Centro-Oeste (42%) e Norte (33%) estão em alta. O índice também está em aceleração em 11 estados. Em outros 10, a média móvel de mortes está estável — outros 5 e no Distrito Federal, há queda
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil registrou 482 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos causados pela doença chegou a 190.488 desde o início da pandemia. Com problemas técnicos, o Ceará não atualizou seus dados.
Um levantamento da Vital Strategies (organização global composta por especialistas e pesquisadores com atuação junto a governos), porém, indica que o Brasil já pode ter superado as 220 mil mortes por covid-19.
De ontem para hoje, houve 22.967 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país. O total de infectados desde o começo da pandemia subiu para 7.448.560.
Segundo o órgão, 6.459.335 pessoas se recuperaram da doença, com outras 798.737 em acompanhamento.
Ex-ministro estima 230 mil mortes por covid-19 no Brasil
O ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou nesta sexta-feira de Natal (25) que, por causa da subnotificação, o número de mortes no Brasil por coronavírus é maior que os 190 mil registrados até ontem. O médico estima que aproximadamente 230 mil brasileiros tenham falecido por causa de covid-19 desde o início da pandemia.
"Os números crescem de forma significativa", escreveu ele, em rede social. "Como aconteceu no início da pandemia, não é possível saber onde esses números vão chegar."
"A covid-19 é a pior pandemia que o Brasil já viveu; ela é mais grave que a gripe espanhola", avaliou Teich. Ele fez essa avaliação comparando a população de 30 milhões que o país tinha nos anos 20. A gripe espanhola atingiu o mundo em 1918 e 1919.
À época, morreram 35 mil no Brasil. Em números ajustados por Teich, isso significaria 243 mil mortos, uma quantidade próxima à que acontece hoje por causa da covid. "Esses números mostram como a situação é grave, difícil e incerta."
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (7%)
- Minas Gerais: aceleração (53%)
- Rio de Janeiro: estável (-11%)
- São Paulo: estável (-8%)
Região Norte
- Acre: aceleração (35%)
- Amazonas: aceleração (90%)
- Amapá: aceleração (52%)
- Pará: aceleração (52%)
- Rondônia: estável (0%)
- Roraima: queda (-91%)
- Tocantins: queda (-42%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (129%)
- Bahia: estável (2%)
- Ceará: queda (-53%)
- Maranhão: estável (13%)
- Paraíba: queda (-19%)
- Pernambuco: aceleração (23%)
- Piauí: queda (-22%)
- Rio Grande do Norte: estável (3%)
- Sergipe: aceleração (47%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-26%)
- Goiás: estável (13%)
- Mato Grosso: aceleração (83%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (102%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (25%)
- Rio Grande do Sul: estável (4%)
- Santa Catarina: estável (-9%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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