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Com 483 óbitos em 24 h, Brasil ultrapassa 190,5 mil mortes por covid-19

Brasi está perto de lcançar a marca de 7,5 milhões de casos confirmados de covid-19 - Ricardo Moraes
Brasi está perto de lcançar a marca de 7,5 milhões de casos confirmados de covid-19 Imagem: Ricardo Moraes

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/12/2020 18h13Atualizada em 25/12/2020 20h33

Com 483 novas mortes por coronavírus confirmadas nas últimas 24 horas, o Brasil chegou a 190.515 óbitos causados pela covid-19 desde o início da pandemia. Segundo o levantamento do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, o número de infectados passou para 7.447.625, com os 23.195 registros positivos de ontem para hoje.

Neste feriado de Natal, o país registrou a segunda queda seguida na média de mortos pela doença — foram 690 óbitos nos últimos sete dias, menor número desde as 684 vítimas pela média registrada no dia 16 de dezembro. A variação é de 7% em comparação com duas semanas atrás, o que representa estabilidade no índice.

Situação nos estados

Três regiões apresentam estabilidade nos óbitos: Sul (6%), Sudeste (2%) e Nordeste (1%). Centro-Oeste (42%) e Norte (33%) estão em alta. O índice também está em aceleração em 11 estados. Em outros 10, a média móvel de mortes está estável — outros 5 e no Distrito Federal, há queda

Dados da Saúde

O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil registrou 482 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos causados pela doença chegou a 190.488 desde o início da pandemia. Com problemas técnicos, o Ceará não atualizou seus dados.

Um levantamento da Vital Strategies (organização global composta por especialistas e pesquisadores com atuação junto a governos), porém, indica que o Brasil já pode ter superado as 220 mil mortes por covid-19.

De ontem para hoje, houve 22.967 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país. O total de infectados desde o começo da pandemia subiu para 7.448.560.

Segundo o órgão, 6.459.335 pessoas se recuperaram da doença, com outras 798.737 em acompanhamento.

Ex-ministro estima 230 mil mortes por covid-19 no Brasil

O ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou nesta sexta-feira de Natal (25) que, por causa da subnotificação, o número de mortes no Brasil por coronavírus é maior que os 190 mil registrados até ontem. O médico estima que aproximadamente 230 mil brasileiros tenham falecido por causa de covid-19 desde o início da pandemia.

"Os números crescem de forma significativa", escreveu ele, em rede social. "Como aconteceu no início da pandemia, não é possível saber onde esses números vão chegar."

"A covid-19 é a pior pandemia que o Brasil já viveu; ela é mais grave que a gripe espanhola", avaliou Teich. Ele fez essa avaliação comparando a população de 30 milhões que o país tinha nos anos 20. A gripe espanhola atingiu o mundo em 1918 e 1919.

À época, morreram 35 mil no Brasil. Em números ajustados por Teich, isso significaria 243 mil mortos, uma quantidade próxima à que acontece hoje por causa da covid. "Esses números mostram como a situação é grave, difícil e incerta."

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (7%)

  • Minas Gerais: aceleração (53%)

  • Rio de Janeiro: estável (-11%)

  • São Paulo: estável (-8%)

Região Norte

  • Acre: aceleração (35%)

  • Amazonas: aceleração (90%)

  • Amapá: aceleração (52%)

  • Pará: aceleração (52%)

  • Rondônia: estável (0%)

  • Roraima: queda (-91%)

  • Tocantins: queda (-42%)

Região Nordeste

  • Alagoas: aceleração (129%)

  • Bahia: estável (2%)

  • Ceará: queda (-53%)

  • Maranhão: estável (13%)

  • Paraíba: queda (-19%)

  • Pernambuco: aceleração (23%)

  • Piauí: queda (-22%)

  • Rio Grande do Norte: estável (3%)

  • Sergipe: aceleração (47%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-26%)

  • Goiás: estável (13%)

  • Mato Grosso: aceleração (83%)

  • Mato Grosso do Sul: aceleração (102%)

Região Sul

  • Paraná: aceleração (25%)

  • Rio Grande do Sul: estável (4%)

  • Santa Catarina: estável (-9%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.