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Sputnik V: Laboratório solicita à Anvisa aval para iniciar fase 3 de testes

Farmacêutica solicita à Anvisa aval para testes clínicos da Sputnik V - Imagem: Seda Servet/Shutterstock
Farmacêutica solicita à Anvisa aval para testes clínicos da Sputnik V Imagem: Imagem: Seda Servet/Shutterstock

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

29/12/2020 23h08

A farmacêutica União Química entrou na noite de hoje com um pedido à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de autorização para o início de testes da fase 3 da vacina Sputnik V, imunizante que foi primeiro desenvolvido na Rússia. A Anvisa agora tem 72 horas para dar o parecer sobre a solicitação.

A fase três consiste em testes feitos com um grupo de seres humanos, para que, assim, a eficácia da vacina seja comprovada. Neste momento da pesquisa, os voluntários são vacinados em grande escala e os efeitos do imunizante no organismo são constatados após os resultados.

Este estágio é a última fase de testes clínicos de uma vacina e um dos mais momentos mais importantes da pesquisa. Os dados obtidos neste momento devem ser entregues, publicados e, então, o laboratório pode entrar com o pedido de registro do imunizante.

Caso o pedido da União Química seja aceito pela Anvisa, a Sputnik V será a quinta vacina a receber autorização para iniciar a fase três de testes. Até o momento, a vacina de Oxford, a CoronaVac, a vacina da Pfizer e, mais recentemente, a vacina desenvolvida pela Janssen têm o aval da Agência para os estudos nesta fase.

A Sputnik V começou a ser aplicada na Rússia no início de dezembro. Hoje, a Argentina iniciou a vacinação de sua população com o imunizante de origem Rússia e a Venezuela anunciou acordo para aquisição de doses da vacina.

Ministério da Saúde prevê início da vacinação até 10 de fevereiro

Em coletiva do Ministério da Saúde hoje, o secretário-executivo, Élcio Franco, afirmou que prevê início da vacinação do Brasil no máximo até 10 de fevereiro. Segundo ele, "na melhor das hipóteses", as vacinas poderão começar a serem aplicadas em 20 de janeiro.

De acordo com a pasta, o plano de imunização depende que os laboratórios obtenham registro definitivo ou emergencial para as vacinas produzidas. Até o momento, nenhuma fabricante de imunizantes em testes no Brasil entrou com pedido para uso emergencial ou regular.

"Vai depender de logística e dos laboratórios estarem em dia com a Anvisa. Depende do laboratório fazer sua parte para que tenhamos certeza da eficácia e não coloquemos a população em risco", disse o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros.

Brasil tem dia com mais mortes registradas desde setembro

O país registrou hoje 1.075 novas mortes causadas pela covid-19 em um período de 24 horas, o maior número desde o dia 15 de setembro. Com isso, 192.716 pessoas morreram no Brasil desde o início da pandemia. O levantamento foi feito pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Essa foi a segunda vez no mês de dezembro em que mais de mil mortes foram registradas no país em um único dia. No dia 17, foram 1.054 mortos causados pela doença.

Com Agência Estado