Lote com 1,6 milhão de doses da CoronaVac chega a São Paulo
Um novo lote com 1,6 milhão de doses da CoronaVac, vacina contra covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês SinoVac em parceria com o Instituto Butantan, chegou nesta manhã ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acompanhou a chegada das vacinas.
Para que possa ser distribuído e aplicado, o imunizante precisa de autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Segundo imagens da TV Globo, o avião da Swiss Air Lines pousou por volta das 5h40. Esta é a sexta e última remessa do ano, totalizando aproximadamente 11 milhões de doses em 2020.
A parceria entre o Butantan e a Sinovac foi firmada no dia 10 de junho deste ano. Mesmo sem a divulgação da eficácia — que foi adiada do dia 23 de dezembro para até 7 de janeiro —, São Paulo já estoca milhões de unidades da CoronaVac.
O primeiro lote com 120 mil doses chegou ao Brasil no dia 19 de novembro. O segundo carregamento, com 600 litros a granel do insumo, correspondente a 1 milhão de doses, desembarcou em 3 de dezembro, e a terceira remessa, com 2 milhões de doses, foi recebida em 18 de dezembro.
Na véspera de Natal, São Paulo recebeu a maior carga de vacinas, com 5,5 milhões doses compostas por 2,1 milhões da forma pronta para aplicação e mais 2,1 mil litros de insumos, correspondentes a 3,4 milhões de doses que serão envasadas no complexo fabril do Butantan, na capital paulista. Já na última segunda-feira (28), 500 mil doses chegaram ao estado.
Governador acompanha a chegada
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acompanhou a chegada das vacinas ao lado do secretário da saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, e Reinaldo Sato, diretor do Instituto Butantan. Em um vídeo publicado no Twitter, Doria disse novamente que a previsão é que a vacinação comece no dia 25 de janeiro no estado.
"Agora já [são] 7h da manhã e a carga que chega aqui contém 1,6 milhão de doses da vacina do Butantan com a SinoVac. Vim receber [a carga] ao lado do secretário da saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, e também ao lado do Reinaldo Sato, que é diretor do Instituto Butantan. A vacina contra a covid-19, agora, em solo brasileiro, em São Paulo, no Butantan. Temos 10,8 milhões de doses da vacina contra a covid-19. No início de janeiro, ela será validada pela Anvisa e no dia 25 de janeiro, reconfirmo, estaremos iniciando a imunização aos brasileiros de São Paulo", disse o governador.
Eficácia
A expectativa era que a eficácia, dado obtido na fase 3 dos testes, fosse divulgada antes do Natal. Na data marcada para o anúncio, porém, o Instituto Butantan, informou apenas que os índices de eficácia foram superiores ao mínimo recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), de 50%.
De acordo com o instituto, a Sinovac ainda vai analisar os dados obtidos em vários países antes de divulgá-los. A fase 3 reuniu cerca de 13 mil voluntários em 16 centros de pesquisa.
O objetivo é que os dados sejam comparados a resultados de pesquisas em outros países, evitando que a vacina tenha diferentes índices de eficácia anunciados. Na Turquia, por exemplo, o índice inicial superou os 90% de eficácia, mas é preliminar. O sigilo contratual do governo não permite, entretanto, antecipar a porcentagem obtida no Brasil.
Ontem, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, admitiu que houve "frustração" por parte da pasta com o adiamento da divulgação dos resultados da Fase 3 da vacina.
A vacinação em São Paulo está prevista para iniciar em 25 de janeiro.
* Com Estadão Conteúdo
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