Covid-19: Rio busca mais 150 leitos e quer vacinação já no final de janeiro
A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou hoje a intenção de contratar 150 leitos hospitalares da rede privada para o tratamento da pandemia do novo coronavírus na cidade.
De acordo com os dados publicados hoje em edição extra do Diário Oficial do município, os planos da Secretaria Municipal de Saúde é reforçar a rede da cidade com 100 leitos de enfermaria e 50 de UTI. A medida já havia sido anunciada pelo prefeito Eduardo Paes (DEM) no dia 1º de janeiro.
"Somando aos 193 leitos que serão abertos na rede pública, a cidade passará a contar com 343 novos leitos voltados ao enfrentamento da pandemia a partir deste mês. As informações sobre ocupação e oferta de leitos serão de acesso público. Os dados são disponibilizados pelo censo hospitalar em tempo real e as informações pessoais dos usuários serão preservadas", informa o Diário Oficial.
Na publicação, o titular da secretaria, Daniel Soranz, autoriza a realização de um chamamento público, "sob a modalidade de credenciamento", para a contratação de empresas para prestação de serviços médicos, disponibilizando os leitos que a Prefeitura busca para reforçar a rede municipal contra a covid-19.
Vacinação
Hoje, em entrevista coletiva, Paes disse que seguirá o Plano Nacional de Imunização. Ao lado de Cláudio Castro (PSC), governador em exercício do Rio, o prefeito demonstrou otimismo com a possibilidade de começar a aplicação de vacinas ainda em janeiro.
De acordo com os participantes da reunião de hoje, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciará amanhã as datas do plano.
"Eu já ouvi até uma especulação de que vai ser no dia 20 de janeiro, que seria uma bela homenagem a São Sebastião, padroeiro da nossa cidade. Então, amanhã ele anuncia", disse.
Cláudio Castro, por sua vez, disse que o Rio de Janeiro está pronto para começar a vacinar a população fluminense.
"Eu disse, prefeito, que o Rio de Janeiro se prepararia para cumprir e para estar preparado para a hora em que o Plano Nacional de Imunização acontecesse. Estamos preparados. Na semana passada, já chegaram as primeiras 8 milhões de seringas e, ainda no mês de janeiro, mais 8 milhões vão chegar", anunciou o governador.
"Nessa primeira fase, pelo que o Ministério da Saúde colocou, vão mais ou menos 5,3 milhões de seringas no estado do Rio. Nós já teremos as seringas todas e o material todo para essa primeira fase, que é dividida em quatro (1A, 1B, 1C, 1D). Para, aí sim, o resto da população toda. O Rio de Janeiro vai estar completamente preparado e eu tenho certeza de que se a vacinação começasse na quarta-feira, nós estaríamos 100% preparados", acrescentou.
Apesar do otimismo, Castro espera a colaboração da população para ajudar a combater a pandemia.
"Pedimos encarecidamente à população: não adianta a gente fazer tudo aqui se a população não tiver consciência. Agora com a vacina, se Deus quiser, a gente vai estar entrando na fase final dessa pandemia. Nós precisamos de um pouco mais de esforço, de higiene, máscara, evitar aglomeração. Está acabando a covid; a vacina, eu creio que vai dar certo, e essa pandemia vai embora. Se Deus quiser até o meio do ano a gente vai ter vida normal para a população graças à vacina", declarou.
"Então, a gente pede encarecidamente: nós precisamos da ajuda de vocês. Sem a conscientização da população a gente fica enxugando gelo. A gente fica gastando mais dinheiro da população, a gente fica vendo mais pessoas morrerem. Nós precisamos da ajuda da população."
Integração com o Governo do RJ
Paes se mostrou disposto a realizar um trabalho integrado com o Governo do estado no combate à covid-19. O prefeito fez críticas indiretas à gestão do antecessor, Marcelo Crivella (Republicanos) e admitiu medidas mais rígidas contra a pandemia.
"Nós queremos que haja, acima de tudo, uma integração nas ações de combate à covid-19 entre a Prefeitura e o Governo do Estado. Falo aqui como cidadão que, nos últimos meses, percebeu que faltava um pouco essa ação da Prefeitura em relação ao Governo do Estado para a comunicação em conjunto, para que as coisas ficassem mais claras para a população", disse Paes.
"Uma das medidas que os secretários já estão tomando é, por exemplo, integrar todas as normas, resoluções, regulamentos. Para o cidadão respeitar aquilo que se coloca, é muito difícil se não tiver uma coisa integrada. Então, nós vamos trabalhar em conjunto, com parceria. Por isso, agradeço muito a presença do governador hoje aqui."
Paes ainda prometeu: "Quando tiver que ser duro, vamos ter que ser duros".
"Nós vamos focar a nossa ação — claro, com algumas medidas de restrição - em um trabalho de conscientização. É claro que o Daniel (Soranz) vai explicar: existem níveis de alerta. Nós vamos trabalhar mais focalizado nesses níveis de alerta, mas a nossa ideia é trabalhar mais com conscientização. Na hora que tiver que ser duro, seremos", disse.
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