Com 562 novas mortes, Brasil mantém média estável em 15 estados e no DF
O Brasil registrou 562 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, atingindo um total de 196.591 óbitos causados pela doença desde o início da pandemia. O levantamento foi feito pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Foram 707 óbitos em média nos últimos sete dias, o que representa uma estabilidade de -9% na comparação com 14 dias atrás. Já é o 12º dia consecutivo estável, embora seja essa uma estabilidade que se mantém em números elevados.
Na quinta-feira (30), o país registrou o maior número de mortes em apenas um dia desde agosto (1.224), consolidando o aumento na curva de óbitos que vem apresentando desde meados de novembro. Na semana passada, foram três dias consecutivos de mortes acima de mil.
Foram confirmados 22.489 diagnósticos positivos para o novo coronavírus de ontem para hoje em todo o país. Desde o começo da pandemia, 7.754.560 pessoas foram contaminadas.
Vale ressaltar, no entanto, que os registros de mortes nos fins de semana e feriados tendem a ficar represados devido à redução das equipes nas secretarias de saúde. Com isso, os dados são inseridos nos dias subsequentes, especialmente terças e quartas-feiras.
Dados da Saúde
Já o Ministério da Saúde registrou 543 novas mortes nas últimas 24 horas, o que eleva para 196.561 o número de pessoas morreram no país devido à doença nas contas do governo federal.
Com o acréscimo de 20.006 novas infecções confirmadas, o número de contaminados no país é de 7.753.752 desde o começo da pandemia. De acordo com a pasta, 6.875.230 pessoas se recuperaram da doença e outras 681.961 estão em acompanhamento.
Oito estados em alta
Entre os estados, sete registram aceleração na variação de 14 dias, enquanto quatro apresentam queda. Quinze mais o Distrito Federal se mantêm em estabilidade.
Três regiões do país também estão com óbitos estáveis: Centro-Oeste (-5%), Nordeste (-7%) e Sudeste (-10%). Apenas o Norte (48%) apresentou aceleração, enquanto o Sul segue em queda (-19%).
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-14%)
- Minas Gerais: queda (-15%)
- Rio de Janeiro: estável (-5%)
- São Paulo: estável (-11%)
Região Norte
- Acre: aceleração (21%)
- Amazonas: aceleração (91%)
- Amapá: estável (4%)
- Pará: aceleração (43%)
- Rondônia: estável (14%)
- Roraima: aceleração (100%)
- Tocantins: aceleração (50%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (15%)
- Bahia: estável (2%)
- Ceará: queda (-39%)
- Maranhão: estável (0%)
- Paraíba: estável (-7%)
- Pernambuco: queda (-24%)
- Piauí: estável (-7%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (22%)
- Sergipe: aceleração (20%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-11%)
- Goiás: queda (-18%)
- Mato Grosso: estável (-7%)
- Mato Grosso do Sul: estável (9%)
Região Sul
- Paraná: queda (-40%)
- Rio Grande do Sul: estável (-2%)
- Santa Catarina: estável (-11%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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