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Média de mortos por covid no país sobe para 988, maior índice desde agosto

Sandro Pereira/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Imagem: Sandro Pereira/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

09/01/2021 18h52

O Brasil chegou à média móvel de 988 óbitos por dia na última semana, o maior patamar desde o dia 22 de agosto. De acordo com o consórcio de imprensa do qual o UOL faz parte, o país registrou 1.115 mortos nas últimas 24 horas. Com isso, o país tem uma aceleração de 58% no número de óbitos na variação de 14 dias.

Este é o quinto dia consecutivo que o país apresenta mais de mil novos óbitos. Duas semanas após o Natal, o país voltou a apresentar aceleração na média móvel de mortes, consolidando a previsão de especialistas do impacto das festas de fim de ano nos números da doença.

Confirmando a previsão de infectologistas, o país voltou a apresentar aceleração duas semanas após o início das festas de fim de ano. A tendência é que os números cresçam ainda mais nos próximos dias.

Nenhum estado em queda

O país segue a não ter nenhum estado apresentou queda na média móvel - um feito inédito até esta semana. Dezesseis estados e o Distrito Federal tiveram aceleração, enquanto dez mantiveram estabilidade.

Entre as regiões, todas apresentaram aceleração: Centro-Oeste (19%), Nordeste (26%), Norte (112%), Sudeste (84%) e Sul (38%).

Dados da Sáude

O Ministério da Saúde divulgou hoje o registro de 1.171 novos óbitos provocados pelo coronavírus nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença já matou 202.631 pessoas em todo o país.

De ontem para hoje, foram confirmados mais 62.290 casos de covid-19 no Brasil. O total de infectados subiu para 8.075.998.

Os dados mais recentes indicam o terceiro dia desta semana com o maior número de novos diagnósticos positivos no período. Na quinta (7), o Brasil bateu recorde ao ultrapassar a marca de 87 mil casos contabilizados.

De acordo com o governo federal, 7.114.011 pessoas se recuperaram da doença, com outras 729.356 em acompanhamento.

Saúde distribuirá CoronaVac

O Ministério da Saúde informou mais cedo que fechou acordo com o Instituto Butantan, de São Paulo, para distribuir com exclusividade as vacinas contra o novo coronavírus pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para todos os estados, simultaneamente.

A pasta informou que campanha de imunização gratuita deve começar "tão logo os imunizantes recebam autorização da Anvisa".

Ontem, o Butantan fez pedido à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aplicar doses da CoronaVac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac. A previsão é de que a Anvisa se manifeste sobre o pedido em até 10 dias.

"Assim, brasileiros de todo o país receberão a vacina simultaneamente, dentro da logística integrada e tripartite, feita pelo Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde", informou em nota, o Ministério da Saúde.

O ministério informou que as doses serão distribuídas proporcionalmente à população de estados, que farão a distribuição entre os municípios.

Especialistas indicam cálculo de média móvel

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (5%)

  • Minas Gerais: aceleração (59%)

  • Rio de Janeiro: aceleração (146%)

  • São Paulo: aceleração (79%)

Região Norte

  • Acre: aceleração (25%)

  • Amazonas: aceleração (28%)

  • Amapá: aceleração (62%)

  • Pará: estável (10%)

  • Rondônia: aceleração (69%)

  • Roraima: aceleração (500%)

  • Tocantins: aceleração (200%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (0%)

  • Bahia: estável (0%)

  • Ceará: aceleração (275%)

  • Maranhão: estável (-11%)

  • Paraíba: aceleração (35%)

  • Pernambuco: estável (12%)

  • Piauí: estável (-7%)

  • Rio Grande do Norte: aceleração (54%)

  • Sergipe: aceleração (34%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: aceleração (48%)

  • Goiás: aceleração (77%)

  • Mato Grosso: estável (2%)

  • Mato Grosso do Sul: estável (-7%)

Região Sul

  • Paraná: aceleração (98%)

  • Rio Grande do Sul: aceleração (18%)

  • Santa Catarina: estável (-5%)