SP: Vacinação terá cadastro para atestar eficácia e monitorar 2ª dose
O governo de São Paulo vai criar um sistema de monitoramento para o plano estadual de imunização contra a covid-19, marcado para ter início em 25 de janeiro com a vacina CoronaVac. Para isso, será necessário um cadastro quando a pessoa for vacinada, que incluirá dados como documento de entidade, número do Cartão SUS e endereço.
Segundo a Secretaria de Saúde paulista, além de ajudar a atestar a eficácia do imunizante na população, o controle auxiliará também no monitoramento da aplicação da segunda dose, definida para 21 dias após a primeira.
"Os dados pessoais de cada cidadão são muito importantes porque esta campanha tem característica diferente da campanha da gripe, por exemplo", disse Eduardo Ribeiro, secretário-executivo de Saúde, em entrevista à TV Globo.
"Ela exige que para cada processo de vacinação haja preenchimento de uma ficha com dados mais completos. Nome, número do documento de identidade, do cartão SUS, endereço, porque é importante que haja acompanhamento mais de perto para que possamos avaliar eficácia, algum evento adverso que eventualmente possa ocorrer e mais que isso: acompanhar a aplicação da segunda dose", completou o secretário.
A pasta responsável pela coordenação da vacinação também prevê um pré-cadastro para agilizar a aplicação das doses.
"Cada unidade básica de saúde que contém salas de vacinação já tem cadastro da população de seu território, e temos disponibilizado sistema de informação que vai permitir pré-cadastro da população no intuito de agilizar o ritmo de vacinação", explicou Ribeiro.
Em nota, porém, a Secretária de Saúde ainda não deu uma previsão para detalhar tanto o esquema de pré-cadastro quanto o de monitoramento. A pasta respondeu apenas que os sistemas estão em desenvolvimento e as orientações para a população serão passadas antes do início da campanha.
Imunização
A vacinação em São Paulo começa no dia do aniversário da capital e pretende imunizar 9 milhões de pessoas de grupos prioritários até 28 de março. A campanha terá início com profissionais da saúde, indígenas e quilombolas na primeira fase, e depois será ampliada para atender quatro faixas etárias de idosos.
A vacina utilizada será a CoronaVac, que teve hoje sua taxa de eficácia geral divulgada pelo Instituto Butantan, produtor do imunizante no Brasil. O índice de 50,38% ficou bem próximo do mínimo de 50% exigido tanto pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como pela OMS (Organização Mundial da Saúde), mas é suficiente para evitar casos graves da doença e, principalmente, reduzir drasticamente as internações por covid-19.
Apesar de atingir o mínimo exigido para ter um aval da Anvisa, a CoronaVac ainda não tem permissão para aplicação no Brasil. A Anvisa prometeu tomar uma decisão no próximo domingo (17) sobre o pedido de uso emergencial feito pelo Butantan.
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