Governo requisitou mais 30 milhões de seringas à indústria, diz associação
Preocupado em reservar estoque suficiente para iniciar o plano nacional de vacinação contra a covid-19, o governo federal decidiu requisitar mais 30 milhões de seringas e agulhas à indústria nacional. A informação é de Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos).
Em entrevista à TV Globo, Fraccaro explicou que o governo fez a requisição para três empresas, sendo um pedido de 10 milhões de seringas para cada uma delas. Em contato com o UOL, a Abimo informou que a entrega do material está prevista para daqui um mês, em meados de fevereiro.
Na semana passada, após uma reunião do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com os três principais fabricantes do país no Ministério da Saúde, em Brasília, o governo já havia requisitado outros 30 milhões de seringas e agulhas.
O primeiro pedido visava a fase inicial do plano nacional de vacinação, que não tem data certa para começar mas é esperado ainda para janeiro, como vem repetindo o ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
A Abimo informou que o prazo de entrega deste primeiro pedido, requisitado para até o fim de janeiro, está mantido.
Sobre o segundo pedido, o superintendente da Abimo demonstrou preocupação com a capacidade das empresas de atenderem à requisição, em específico sobre o fato de o novo pedido ser de seringas de 1ml, e não de 3ml como da primeira vez.
"As empresas vão ter dificuldade de atender como o governo está pedindo. Nós estamos entrando em contato com o governo para mudar essa nova especificação e para que, assim, possamos atender no prazo", afirmou Fraccaro.
Preocupação com vacinação
O risco de faltar agulhas e seringas para a campanha de vacinação contra a covid-19 ficou evidente no final de ano. Em dezembro, o Ministério da Saúde fez uma licitação pública para a compra de 331 milhões desses insumos, mas só conseguiu garantir 7,9 milhões de conjuntos. Diante do fracasso, o governo restringiu a exportação de seringas e agulhas fabricadas no país.
Em outra frente, o Gecex (Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior) zerou o imposto de importação desses insumos até 30 de junho.
Na semana passada, Bolsonaro disse nas redes sociais que a compra de seringas pelo Ministério da Saúde está suspensa "até que os preços voltem ao normal".
Ele argumentou que por causa da abertura da licitação os preços "dispararam". Já os fabricantes alegam que os os preços apresentados pelo governo estavam "extremamente defasados da realidade".
Tanto Bolsonaro como o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmam que não faltarão agulhas e seringas para a vacinação da população.
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