Paes descarta ampliar restrições e quer alugar leitos privados para covid
No momento em que a média móvel de mortes por causa da covid-19 está em alta no estado do Rio de Janeiro, a prefeitura anunciou medidas que mantêm, por exemplo, bares, restaurantes e quiosques da orla abertos mesmo em situações consideradas de "alto risco".
Após encontro com representantes do setor econômico, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), disse que as regras publicadas hoje no Diário Oficial atendem à situação atual do município, não havendo necessidade de medidas mais rígidas. "Essas são decisões técnicas. Eu sigo aquilo que os técnicos estão dizendo. A não ser que eu ache [equivocado], como foi o caso dos estádios."
Paes pediu colaboração da população para respeitar restrições e medidas contra a covid. Ele exemplificou: "Você tem uma forma de funcionar boates em que as pessoas não precisem ficar dançando." Para ele, se não houver respeito às regras, "a prefeitura não vai conseguir ficar de babá fiscalizando todo o cidadão nas suas atividades".
O prefeito disse que fiscalizará bares e casas noturnas por amostragem. "A fiscalização por amostragem é você escolher algumas boates, quiosques, bares da cidade, obviamente aqueles que têm risco mais alto, e em cima disso você vai fiscalizando."
O estado do Rio contabiliza agora média de 169 mortes por dia provocadas pelo coronavírus. Esse é o maior índice desde 23 de junho. O número representa um aumento de 68% quando comparado à média de 14 dias atrás. Somente hoje, o Rio registrou 265 mortes e 4.287 casos confirmados da doença, segundo balanço da Secretaria Estadual de Saúde.
Dados divulgados hoje pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram um quadro alarmante. No último dia 4, a capital estava com 99,8% da taxa de ocupação de leitos de UTI para covid —a maior desde julho de 2019. Já o estado registrava 73% de ocupação dos leitos.
A prefeitura estuda alugar novos leitos na rede privada, segundo informou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
"A gente está analisando algumas instituições privadas que se propuseram a oferecer leitos e a gente deve ter, mais ou menos, na primeira ou na segunda semana de fevereiro já essas instituições credenciadas pra oferta de leitos. Há uma pressão de algumas instituições privadas para que a gente aumente o valor da diária. A gente vai analisar esses valores", disse o secretário.
Além dos leitos privados, Soranz também falou sobre a expectativa de vacinação na capital.
"Agora é o momento da Atenção Primária, ela fez muita diferença na história do Rio de Janeiro. A vacinação está chegando, a gente começa a vacinar entre o dia 20 e 25 e essa vacinação é feita essencialmente na Atenção Primária. Não seria possível vacinar se não tivessem as Clínicas de Família", acrescentou.
Carnaval cancelado
O prefeito foi questionado sobre a possibilidade de um Carnaval acontecer em julho deste ano. Paes disse que tudo depende da vacina e descartou qualquer festividade para fevereiro.
"Ninguém é mais triste do que eu de não ter Carnaval em fevereiro. Nós vamos observar como é que avança isso, como é que caminha a vacinação. Se nós tivermos condições sanitárias para tal será [em julho], mas vamos esperar. Em fevereiro, não vai ser de jeito nenhum, não há hipótese, está cancelado", finalizou.
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