Governo diz que parte para Índia amanhã avião que buscará 2 mi de vacinas
O governo federal informou nesta tarde um avião da Azul vai decolar amanhã rumo a Índia para buscar os 2 milhões de doses da vacina de Oxford contra o coronavírus encomendadas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A aeronave sairá de Campinas às 13h. A previsão de retorno é no sábado (16).
Pela manhã, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, havia afirmado que avião partiria hoje mesmo do Brasil. Segundo a Azul, será utilizado uma aeronave modelo Airbus A330neo, o maior avião da frota da companhia, para o voo contratado governo federal. A estimativa é que a carga tenha 15 toneladas.
"Serão 15 horas de voo, sem escalas, em um trajeto de mais de 12 mil quilômetros. O voo deve chegar ao Brasil no dia 16, pousando no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, por volta das 15h", informou a companhia aérea, não informou o valor cobrado do governo federal.
As doses foram encomendadas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) ao Instituto Serum, que é credenciado pela farmacêutica AstraZeneca para produzir a vacina.
Segundo a "Folha de S.Paulo", o plano do governo é enviar também uma segunda aeronave à China para trazer a matéria-prima que será utilizada para a produção da vacina pela Fiocruz no Brasil.
Ministro reafirma vacinação em janeiro
Em pronunciamento hoje em Manaus, Pazuello voltou a dizer que as vacinas deverão ser distribuídas aos estados e municípios em três ou quatro dias após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar o uso emergencial. No entanto, evitou cravar uma data em que a vacinação começará no país.
"Quando a Anvisa concluir sua análise de segurança e eficácia, três ou quatro dias depois nós estaremos distribuindo a vacina no Brasil, ponto. A Anvisa vai se pronunciar dia 17, botem aí os números para frente. Se alongar até dia 20, 22, botem os números pra frente, mas é janeiro", declarou.
A Anvisa deve dar um parecer sobre o uso emergencial da vacina de Oxford e a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan com a chinesa Sinovac, no domingo (17).
A Fiocruz fez pedido semana passada à Anvisa para ter autorização para aplicar os 2 milhões de doses da vacina importada da Índia. A fundação deve solicitar até sexta-feira (15) o pedido de registro da vacina (para vacinação em massa da população). Se houver aval da Anvisa para o registro, fica autorizada a produção e distribuição em larga escala pela Fiocruz.
Índia vetou exportação, mas depois liberou
O presidente do Instituto Serum, Adar Poonawalla, chegou a dizer que o governo indiano havia proibido a exportação de vacinas contra a covid-19 produzidas no país, incluindo a de Oxford encomendada pela Fiocruz.
A informação surpreendeu o governo brasileiro, que mobilizou o Itamaraty para negociar a liberação das doses.
Um dia depois, o próprio Poonawalla usou suas redes sociais para desfazer o mal-entendido e dizer que as exportações estavam permitidas a todos os países.
A vacina de Oxford recebeu autorização de uso emergencial na Índia, que prepara o início da vacinação para este sábado (16).
Na sexta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviou ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, uma carta pedindo a antecipação "com urgência" do fornecimento das doses da vacina.
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