Advogados negam intenção de furar fila de vacinação contra a covid-19 em RO
A CAARO (Caixa de Assistência dos Advogados de Rondônia), entidade vinculada à OAB (Ordem dos advogados do Brasil), negou que estaria tentando "furar a fila" de prioridade na vacinação contra a covid-19.
Em nota publicada em seu site, a entidade disse que não tem "a mínima intenção em retirar vacinas do sistema público" e que busca a compra de imunizantes para seu associados com recursos próprios.
"Ressalve-se que, em nenhum momento desejamos ou planejamos ter a mínima intenção em retirar vacinas do sistema público ou mesmo 'furar filas' para beneficiar a advocacia e seus integrantes, até porque estamos buscando adquirir vacinas, seja de laboratórios internos, seja de laboratórios estrangeiros e, o ato vacinal se dará por nossa responsabilidade e custo, não utilizando nenhuma estrutura pública", afirmou a CAARO.
A nota foi divulgada dias depois de a entidade informar que ter manifestado ao Instituto Butantan e à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) a intenção de adquirir 10 mil doses da vacina contra a covid-19 para serem aplicadas em seus associados e dependentes, em caso de atraso na vacinação pelo poder público.
O Butantan é responsável pela produção da CoronaVac, em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Já a Fiocruz vai produzir a vacina de Oxford, desenvolvida pela universidade britânica e pela farmacêutica AstraZeneca.
As duas vacinas fazem parte do PNI (Plano Nacional de Imunização) e aguardam aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o uso emergencial no país.
Segundo a CAARO, a manifestação de interesse pelas vacinas produzidas no Brasil foi feita no ano passado, quando não havia um plano nacional de vacinação contra a covid-19.
"Com a descoberta de vacinas que previnem a doença pandêmica, a diretoria da CAARO, percebendo que não havia à época nenhum plano de vacinação, manifestou o interesse em adquirir ou, caso não fosse comercializado, a doação de vacinas de institutos brasileiros que, em parceria com laboratórios estrangeiros, à época ainda intencionavam produzir a vacina", diz a nota.
A entidade afirmou ainda que segue buscando meios de adquirir vacinas para disponibilizá-las a seus associados, que, segundo a nota, exercem atividade em "áreas de extremo risco", como presídios e hospitais, onde podem tanto se contaminar como transmitir o vírus para pessoas que se encontram confinadas e com baixa imunidade.
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