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Oito regiões regridem de fase em SP; capital segue na amarela

Rafael Bragança, Douglas Porto, Leonardo Martins e Allan Brito

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL

15/01/2021 12h55

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou hoje que oito regiões do estado vão regredir de fase no Plano São Paulo, de retomada econômica. As regiões de Araçatuba, Bauru, Franca, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Taubaté passaram para a fase laranja, enquanto Marília entrou na fase vermelha, a mais restritiva do plano, na qual apenas atividades essenciais podem funcionar.

Com isso, dez das 17 regiões do estado se encontram na fase laranja, englobando mais restrições a 31% da população paulista. A região de Marília, por enquanto, é a única na fase vermelha.

A Grande São Paulo, que inclui a capital, segue na fase amarela, apesar de ter registrado alta nos números de casos de covid-19 e internações em alta por causa da doença. As novas orientações começam a valer a partir de segunda-feira (18).

Questionada pelo UOL sobre a necessidade de regredir a capital para a fase laranja, a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado, Patrícia Ellen, negou que o governo esteja se submetendo a pressões econômicas.

"Não nos submetemos a pressões econômicas. Cada setor pode recorrer [na Justiça]. Ganhamos todas ações porque seguimos à risca um plano. Hoje ocupação de leitos da Grande São Paulo está em 69%. Todos outros indicadores são de fase amarela e verde. O Centro de Contingência pode trazer recomendações, mas precisamos aplicar seguindo a lei", respondeu.

No anúncio da reclassificação, realizado durante entrevista coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, Doria ressaltou que a pandemia piora cada dia mais no Estado.

"É uma medida preventiva e extremamente necessária para proteger vidas. Aqui há indicação clara de que a pandemia acentuou. Temos que tomar medidas de cautela, prevenção, para proteger vidas. É importante que tenham consciência disso: a situação vem se agravando a cada semana", afirmou Doria.

Mapa da reclassificação do Plano São Paulo de 15 de janeiro - Reprodução - Reprodução
Mapa da reclassificação do Plano São Paulo de 15 de janeiro
Imagem: Reprodução

A reclassificação de hoje estava programada inicialmente para 5 de fevereiro, mas foi antecipada pelo governo após uma piora dos índices avaliados pelo Centro de Contingência do Coronavírus, que inclui números de casos, mortes e internações por causa da covid-19.

Atualmente, o Estado de São Paulo tem 67,5% dos leitos de UTI voltados para tratamento de covid-19 ocupados. Já os leitos de enfermaria estão com ocupação de 52,6%. Na Região Metropolitana, a situação é um pouco pior. Cerca de 69% dos leitos de UTI estão ocupados, enquanto 60,5% dos leitos de enfermaria têm pacientes sendo tratados.

Ontem, o estado registrou mais 13.710 novos casos.

Após as festas de fim de ano, a média móvel de morter por de covid-19 tem crescido em São Paulo, conforme apontam os dados levantados pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Segundo o governo estadual, por dia, morrem em média 200 pessoas por infecção do novo coronavírus no estado.

Mudanças no Plano São Paulo

Com as mudanças feitas recentemente no Plano SP, as medidas se tornaram menos restritivas para as fases amarela e laranja. Por outro lado, os índices analisados se tornaram mais rigorosos para a progressão de fase.

Por exemplo, para uma região ser incluída na fase laranja, o índice de ocupação de leitos de UTI passou de 75% para 70%, demonstrando um endurecimento do plano. Já entre as medidas restritivas, as principais mudanças são a permissão para funcionamento do comércio por oito horas diárias na fase laranja e dez horas na amarela.

Na amarela, o atendimento presencial em bares é permitido somente até as 20h, enquanto na laranja o setor pode funcionar apenas no sistema delivery e com retirada no local. Já comércio e restaurantes devem fechar até as 20h na fase laranja e às 22h na amarela.