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Secretário de Saúde do AM diz que sociedade escolheu alta na transmissão

Parentes de pacientes internados nos hospitais, fazem fila para recarregar cilindros de oxigênio na frente de empresa em Manaus - SANDRO PEREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Parentes de pacientes internados nos hospitais, fazem fila para recarregar cilindros de oxigênio na frente de empresa em Manaus Imagem: SANDRO PEREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

16/01/2021 08h31

O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, afirmou ontem que a sociedade do estado optou pela transmissão do coronavírus, de acordo com publicação do jornal O Globo. A declaração ocorre em meio à falta de oxigênio hospitalar para amazonenses.

Campêlo afirmou, de acordo com a publicação, que o governo estadual fez de tudo para evitar o atual cenário. "Apesar dos alertas, dos decretos, a sociedade fez uma escolha de manter as aglomerações, participar das confraternizações, comemorar Réveillon, fazer festas clandestinas, principalmente", disse.

Alertado sobre a possibilidade de as festas de fim de ano gerarem colapso na saúde local, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), determinou o fechamento de serviços não essenciais por 15 dias no final de 2020 a fim de reduzir a circulação de pessoas e, assim, diminuir os riscos de transmissão.

Após ter sido pressionado por representantes comerciais, o governador voltou atrás. A decisão foi comemorada amplamente por políticos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Campêlo evitou criticar diretamente o governador, apesar disso. "O governador flexibilizou algumas medidas, mas se elas fossem executadas, teriam reduzido em muito. A população, os empresários, a sociedade de modo geral não conseguiu executar, cumprir as determinações", afirmou.

O Ministério da Saúde, por sua vez, teve uma semana para agir e evitar o colapso no fornecimento de oxigênio em Manaus, mas tomou medidas de pouco alcance frente ao tamanho da crise. A pasta foi comunicada sobre a situação em 7 de janeiro, no mesmo dia que a Secretaria de Saúde do Amazonas. Uma semana depois, em 14 de janeiro, o oxigênio começou a faltar.