Mandetta diz que avisou Bolsonaro sobre falta de oxigênio: governo perverso
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse ter explicado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a falta (e a importância) do oxigênio, na época em que esteve no cargo, ao comentar a crise sem precedentes vivido em hospitais do Amazonas após aumento no número de casos de covid-19.
Com o novo grande surto de casos de coronavírus Sars-CoV-2, a demanda por oxigênio hospitalar em estabelecimentos públicos de saúde no estado superou na terça a média diária de consumo em mais de onze vezes, agravando a situação nos hospitais —principalmente naqueles onde são atendidos pacientes com a doença.
"É muito triste abordar esse tema sabendo que esse tema foi abordado por mim junto ao presidente exatamente focando sobre o problema de oxigênio, já que nós já tínhamos assistido na Itália um colapso parcial de oxigênio na cidade de Bergamo, e foi quando as pessoas pararam de ir pro hospital e começaram a falecer em casa", relembrou Mandetta, em entrevista à GloboNews.
"Oxigênio não acaba da noite para o dia. Essa crise de falta de oxigênio já era presente tranquilamente há mais de um mês. Não está havendo monitoramento, planejamento. [Há] falta de atitude, falta de governança, falta de interesse do governo federal", prosseguiu.
Mandetta definiu a gestão de Bolsonaro como um "governo perverso". "Tem gente que fala 'isso é uma loucura'. Loucura tem tratamento. Outras palavras você poderia colocar, mas a perversidade me parece que é o adjetivo que eu encontrei com maior similaridade, porque é quando você tem conhecimento das consequências da sua ação", concluiu.
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