Monica participou de estudo, mas foi vacinada porque não tinha anticorpos
Primeira pessoa a ser imunizada em território nacional contra a covid-19, a enfermeira Monica Calazans, 54, se defendeu das acusações de que foi usada como "cobaia" pelo governo do estado de São Paulo. A acusação viralizou após a publicação em uma rede social de uma entrevista da enfermeira ao Coren (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo) em 8 de janeiro.
Na entrevista, Monica conta sobre sua participação no estudo. De fato ela foi uma das voluntárias da pesquisa que desenvolveu a CoronaVac, mas ela foi escolhida para receber o imunizante no dia ontem porque seu organismo não desenvolveu anticorpos, indicando que ela provavelmente recebeu placebo, uma preparação sem efeitos farmacológicos.
Ao UOL a assessora designada pelo governo estadual para acompanhar Monica nos próximos dias afirmou que 50% dos participantes da pesquisa tomaram o imunizante, enquanto a outra metade recebeu o composto sem efeito clínico.
Como os estudos ainda não foram abertos, é impossível garantir que a enfermeira tenha recebido o placebo, mas ela acabou escolhida para ser imunizada na tarde de ontem porque seu organismo não desenvolveu anticorpos até o momento.
"Ela comentou no Emílio Ribas que tinha feito exame sorológico, mas que não tinha desenvolvido anticorpos. O estudo não foi aberto ainda, não dá para saber se ela tomou placebo, mas como ela não tem anticorpos contra o vírus, ela pôde tomar a vacina ontem", afirmou a assessoria.
O exame poderia identificar a reação imunológica se Monica tivesse recebido a vacina ou mesmo sido infectada pelo novo coronavírus. "O centro coordenador do estudo, o Butantan, foi informado sobre o resultado do exame. Não teve nada sem transparência", diz a assessoria.
Perfis de apoiadores do presidente Jari Bolsonaro também fizeram questionamentos sobre sua participação nas pesquisas da CoronaVac em São Paulo, afirmando que ela "teoricamente estaria imunizada".
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