Brasil registra 1.382 novas mortes, maior nº em 5 meses, e mantém alta
O Brasil registrou hoje 1.382 novos óbitos causados pela covid-19, o maior número em mais de 5 meses. Com isso, o país mantém uma tendência de aceleração na média móvel que já se repete há 13 dias. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
A última vez que o Brasil teve um número mais alto de óbitos foi em 4 de agosto, quando registrou 1.394 mortes. Até o momento, o maior número de novas mortes cadastradas no ano de 2021 havia sido em 8 de janeiro, com 1.379.
No total, 212.893 pessoas morreram devido à doença desde o início da pandemia. Na semana passada, pelos dados do consórcio, o Brasil teve uma sequência de cinco dias com mais de mil novas mortes por covid-19 em um intervalo de 24 horas. Entre 12 e 16 de janeiro, foram 1.109, 1.283, 1.151, 1.131 e 1.039, respectivamente.
Nos últimos sete dias, 983 pessoas morreram em média em todo o país, o que representa uma variação de 33% na comparação com 14 dias anteriores.
Das regiões, apenas o Norte (101%) e o Sudeste (48%) apresentaram aceleração. As demais tiveram estabilidade em 14 dias: Centro-Oeste (2%), Nordeste (4%) e Sul (-3%).
Entre os estados, doze tiveram aceleração enquanto apenas cinco e o Distrito Federal apresentaram tendência de queda. Nove se mantiveram estáveis.
De ontem para hoje, houve 64.126 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país. Desde o começo da pandemia, o número de infectados chegou a 8.639.868.
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que foram confirmados 1.340 novos óbitos causados pela covid-19 de ontem para hoje, elevando para 212.831 o total de mortos desde o início da pandemia. Pelos dados do Ministério, este é o segundo maior número de 2021 - atrás apenas do último dia 7, quando foram cadastradas 1.524 novas mortes entre um dia e outro.
Pelo segundo dia consecutivo, o Brasil registrou mais de mil novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, também de acordo com a pasta do governo federal. Ontem (19), foram computados 1.192 novos óbitos.
Foram confirmados 64.385 testes positivos para a covid-19 em todo o país nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, o número de infectados subiu para 8.638.249.
De acordo com o governo federal, 7.564.622 pessoas se recuperaram da doença, com outras 860.796 em acompanhamento.
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (7%)
- Minas Gerais: aceleração (78%)
- Rio de Janeiro: aceleração (28%)
- São Paulo: aceleração (59%)
Região Norte
- Acre: queda (-58%)
- Amazonas: aceleração (175%)
- Amapá: estável (-6%)
- Pará: estável (14%)
- Rondônia: aceleração (23%)
- Roraima: aceleração (217%)
- Tocantins: aceleração (100%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (29%)
- Bahia: estável (6%)
- Ceará: queda(-50%)
- Maranhão: estável (-2%)
- Paraíba: queda (-20%)
- Pernambuco: aceleração (64%)
- Piauí: estável (8%)
- Rio Grande do Norte: estável (-8%)
- Sergipe: aceleração (30%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-31%)
- Goiás: aceleração (29%)
- Mato Grosso: aceleração (34%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-27%)
Região Sul
- Paraná: estável (5%)
- Rio Grande do Sul: estável (1%)
- Santa Catarina: queda (-17)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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