Teste de covid diz se paciente já curado tem anticorpos contra reinfecção
Um teste criado nos Estados Unidos e aprovado em dezembro pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) promete informar se quem já foi contaminado pela covid-19 está protegido de uma nova infecção, possibilidade já admitida pela ciência.
Mesmo identificando anticorpos relacionados às proteínas do novo coronavírus, os testes tradicionais não dizem se o paciente que já adquiriram anticorpos, seja por contaminação prévia ou por vacina, possuem os chamados "anticorpos neutralizantes".
A produção desses anticorpos é induzida pela resposta imunológica do paciente no decorrer da infecção ou por meio da vacinação. Eles têm a capacidade de bloquear a infecção porque atuam sobre a proteína S (Spike) do vírus, justamente a parte que se liga à célula durante o ataque.
"Esse novo teste informa se a pessoa tem a imunidade contra o vírus", afirma Fábio Moruzzi, diretor comercial da NL Diagnóstica, responsável por trazer ao Brasil o teste batizado de Teste de Anticorpos Neutralizantes C-Pass. "Esses anticorpos têm esse nome porque neutralizam a entrada do vírus."
Ele explica que alguns anticorpos produzidos pelos pacientes "não têm a força para impedir a entrada do vírus". "Essa nova geração de teste consegue mensurar essa capacidade; a força do anticorpo de neutralizar o vírus", afirmou ele.
Essa é a informação que todo mundo quer saber. Seja a pessoa infectada ou a que tomou a vacina. Ele vai dizer se a vacina funcionou
Fábio Moruzzi
Desde que chegou ao Brasil, em dezembro, a procura por esses testes aumentou 2000%, diz a empresa.
Os principais interessados são os grandes laboratórios e centros de diagnóstico como o Laboratório Fleury, Dasa, Sabin e Albert Einstein.
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